A lista de coisas das quais não gosto é um autêntico Amazonas em formato de intestino delgado ao cubo. Nesta altura do ano, para além do reveillon e outras febres capitalistas, não percebo como é que os espanhóis festejam o dia de reis? Celebrar o dia 6 de Janeiro não é um acto de complacência para com a falta de pontualidade? O puto nasceu no dia 25 de Dezembro! Depois surgem aquelas vozes misericordiosas:
- Então eles foram guiados por uma estrela. Não deve ter sido fácil!
Não foi fácil?!?! Em cima de animais de quatro patas, com prendas levezinhas, iluminados pela estrela... E nessa altura ainda não havia muros nem checkpoints na Faixa de Gaza, Cisjordânia...
É por estas e por outras que dou valor aos nossos tugas nos Descobrimentos. Ali ao sabor das correntes, a limpar os rabos a extremidades de cordas, cheios de escorbuto e a sobreviver meses sem o aconchego feminino.
Estava aqui a dividir os olhos entre "A Fábrica do Chocolate" e a página da Bertrand (ofereceram-me um cheque livro) e encontrei o "O anjo mais estúpido " de Christopher Moore, um livro amplamente publicitado na Antena 3. Talvez por ter o prefácio do Nuno Markl... No resumo da obra aparece a seguinte expressão: " Destinado a um público jovem, urbano e possuidor de um humor inteligente vai ser, sem sombra de dúvida, a melhor prenda que podem ter este Natal."
Como não gosto de ser categorizado de um modo tão simples, acho que o senhor Moore não vai cheirar o meu dinheiro. Sou mais campónio apesar de jovem e extremamente inteligente, para além de sexy claro está.
Alguém quer opinar sobre o livro? O último que comprei a conselho da Antena 3 gorou as expectativas.
Senhorita 1: - Então quando é que te casas? Mrs Mocho: - Ainda não sei. Senhorita 1: - Então mas vais casar-te pela igreja não é? Mrs Mocho: - Não! Eu sou agnóstica e o Filipe é ateu. Senhorita 1: - Ai! Então? Como é que pode ser? Então explica lá porquê.
Esta conversa, aqui mais ou menos bem relatada, é verídica sendo proferida num tom de relativa brincadeira como é óbvio. Mas pergunto o seguinte: Não são os religiosos que tem de explicar o porquê da sua crença? Ser ateu é simples e muito pouco fascinante.
Foi à bela e algarvia Ilha da Culatra que chegaram 23 pessoas vindas de Marrocos, convenientemente classificadas como imigrantes ilegais. Como é óbvio, apesar da sua ferrada e pejorativa classificação, estes indivíduos não são parvos! O destino era Espanha! Para viver na miséria tinham ficado na terra do Mohammed VI a fazer as compras natalícias com os valiosos dirhams. O pitoresco desta questão foram as rápidas declarações de responsáveis do SEF e do governo, inclusivamente do PM, a desvalorizar o sucedido categorizando-o como pontual, fruto das correntes ou do acaso.
Ou seja, a ideia é:
Que o lixo existe é certo e inevitável, o importante é que esteja na casa do vizinho nem que tenhamos de o varrer, empurrar e pagar. Longe da vista longe das preocupações.
Moralismo mochista: Senhores, antes de pensar que são todos imigrantes ilegais potenciais terroristas, transmissores de doenças exóticas, futebolistas, prostitutas ou gangsters, há que lembrar a sua condição humana.
Este comentário certamente que expele etnocentrismo pois lá fora também há cada um...
Já repararam que Portugal está sempre a tentar entrar no Livro do Record do Guiness? Aquele livro que regista os feitos dos países desenvolvidos na área da saúde, educação, justiça, ciência, economia, estão a ver?
É o maior lançamento de bolas do futebol, a maior feijoada, o maior ajuntamento de grávidas, o pior futebol jogado, os líderes da oposição mais fraquinhos, a maior bandeira ou o maior agrupamento de pessoas que diz "tu ouvistes?". Isto não tem fim! A mobilização dos tuguinhas para este género de iniciativas só se equipara à ida em manada aos shoppings nas matinés domingueiras. Para além das corporações que promovem estas tretas, alguém fica mais feliz ou rico se Portugal constar no Livro dos Records do Guinness por feitos tão dignificantes como o maior desfile de carros de bombeiros?
Vão trabalhar! Ajudem o próximo! Vão plantar árvores! Realizem o amor de forma segura e cristã! Vejam os Simpsons pela centésima vez! Escrevam posts de má qualidade ou que revelem uma amargura à Vasco Pulido Valente.
Hoje chegou-me mais um email com uma petição contra a ASAE, provavelmente criada por alguém que serve gatos em vez de coelhos. Ora a ASAE fiscaliza o cumprimento da legislação, não a inventa. Se querem fazer petições que chateiem o senhores ministros da saúde, da economia, etc., ou, por último, quem votou neles. Por outro lado, prefiro viver num país paranoicamente asséptico do que num antro de moscas onde se corre o risco de apanhar gonorreia em cada copo ratado que tocamos. Mais vale um exagero lixivioso do que um descuido rançoso! Se está acabar com a nossa cultura? Provavelmente sim e admito que sejam necessárias algumas alterações mas não deixem os porcos e caloteiros em paz.
Há muito muito tempo, quando a mudança de voz, a pilosidade emergente, o odor intenso e o acne me faziam duvidar da bondade de Deus, li ou ouvi que dez orgasmos femininos geram energia suficiente para acender uma lâmpada. Ora, se estamos numa altura em que a legislação permite que em nossas casas produzamos electricidade para comercializar...
Na cidade do Porto os DVDs mais alugados este ano são: 1. Padrinho I 2. Padrinho II 3. Padrinho III 4. Os Intocáveis 5. Tudo bons rapazes 6. Cidade de Deus 7. Sopranos 8. Grand Theft Auto (para praticar) 9. José Cid ao vivo (banda sonora da matança) 10. Compilação dos melhores debates na Assembleia da República (para mostrar como o crime compensa)
"La Môme, ou "La vie en rose", é uma obra sobre a vida de Edith Piaf. O desempenho de Marion Cotillard é para um Óscar. 17 pios mas estou tentado a ir ao 18...
Filho: - Mãe quem são aqueles senhores que estão a aparecer na televisão? Mãe: - São os líderes africanos que vieram à conferência. Filho - Ah! Aqueles que que são acusados de violar os direitos humanos, de viver à custa da corrupção e de fomentar a desgraça dos seus povos? Mãe: - Há quem diga que sim filho. Filho: - O Sócrates não pode mandar a polícia prendê-los?
Há umas semanas, para poupar dinheiro, tempo e não ser surpreendido com o que me entrava na boca fui comer à Pans do novo centro comercial de Castelo Branco. No momento de relaxamento e engorda que se segue à refeição, observei que o papel que forrava o tabuleiro da dita empresa trazia mensagens sobre uma adequada alimentação e uma escala para avaliarmos o nosso corpo a partir da relação peso/altura. A escala era composta por 6 níveis:
Magro
Normal
Pré-Obeso
Obeso 1
Obeso 2
Obeso 3
Depois de fazer as contas e de ter constatado que já vivi dias piores (mulheres desviem-se!), reparei que a escala era bastante admoestadora. Temos os magros, os normais e em seguida os Pré-Obesos. Ora "Pré-Obesos"?!?! Depois de proferir a palavra obeso alguém se vai lembrar que foi dito Pré?
"-Então Olga que índice te deu? - Magra e a ti? - Ah.... pré-obeso... - Hum, pois... deixa lá, ao menos és feliz e tens pais que te amam."
Não poderia haver um nível intermédio, conceptualmente menos agressivo? Forte? Fortinho? Largo de ossos? Anda lá que estás quase? Entroncado?
A minha intenção ao colocar o post anterior foi salientar a preocupação dos autores da Declaração de Independência em afirmar o direito à felicidade dos americanos e, simultaneamente, lamentar a sua ausência noutros documentos fundadores como é o caso da nossa Constituição. Por outro lado, palavras e ideias costumam ser mais belas do que os actos e aí entra a ironia, aplicada não só aos EUA mas a todos os esquecidos da felicidade ou do direito de a ter. Nestes dias de agressividade capitalista, um ismo que já não sei definir, diz-se que a felicidade, que também não sei definir, foi posta de lado ou é cada vez mais difícil de alcançar. Mas quando é que foi fácil? Quando é que a Humanidade, um povo, ou nós fomos felizes? Houve alguma Golden Age da felicidade?
"Consideramos estas verdades como evidentes por si mesmas, que todos os homens são criados iguais, dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes estão a vida, a liberdade e a procura da felicidade."
Declaração da Independência dos Estados Unidos da América
Como referi anteriormente, venho apresentar a ideia/esboço para um futuro grande sucesso editorial que porá em copiosas lágrimas Dan Brown e seus seguidores. Eis o melhor dos mistérios religiosos.
Como vocês, a Wikipédia e o Dr. Luís Filipe Menezes sabem, segundo o Cristianismo, Deus entregou ao profeta Moisés no Monte Sinai duas tábuas de pedra com os Dez Mandamentos. Segundo algumas interpretações a primeira tábua contém os mandamentos sobre o amor a Deus:
Não ter outro deus
Não criar imagens de ídolos
Não pronunciar o seu nome em vão
Santificar os dias de Sábado (ou Domingo)
A segunda apresenta os mandamentos referentes ao amor ao próximo:
Honrar os pais
Não matar
Não cometer adultério
Não furtar
Não levantar falsos testemunhos
Não cobiçar o alheio
Usa-se muito o NÃO, não?
E se eu vos disser que no meu futuro livro revelo a existência de uma terceira tábua mantida oculta por uma poderosa e malevolente seita até aos dias de hoje? Uma tábua cujo conteúdo poderia ter alterado a história da Humanidade. Interessados?
O livro desenvolve-se a partir da personagem de Youssef Hirshel, um activista pelos direitos humanos de pai judeu e mãe palestiniana que deambula pelo Médio Oriente na luta pela paz, talvez na tentativa de apagar os traumas sofridos durante o divórcio dos pais. Certo dia, numa viagem de autocarro após a participação no encontro "Judeus e Palestinianos, meus e manos", Youssef é vítima de um bombista suicida. Ao levantar-se por entre os escombros e após gritar "maldita história das virgens!", vislumbra entre os feridos uma jovem e curvilínea loura pela qual se apaixona imediatamente. Depois uma noite de sexo tórrido nas urgências do hospital de Telavive (vais roer-te toda Margarida Rebelo Pinto), Youssef descobre que a jovem se chama Carolina. Uma portuguesa que após uma vida tumultuosa no seu país decidiu dedicar-se à arqueologia no riquíssimo Médio Oriente. Após semanas de romance e, sobretudo, muito sexo selvagem (vê se aprendes Margarida), o casal decide participar numas escavações arqueológicas no "Caminho de Moisés" no Monte Sinai. O seu primeiro trabalho localiza-se numa plataforma onde supostamente Aarão e 70 sábios terão esperado Moisés do encontro com Deus. E aí, num intervalo das sessões de sexo ardente (tenho de pensar no público masculino), Youssef e Carolina encontram uma tábua escrita e outros vestígios arqueológicos. Depois da análise laboratorial e da descodificação dos escritos, chegam à conclusão que estão perante uma terceira Tábua de Mandamentos, com mais 5 sobre o amor à comunidade:
Não terás propriedade privada
Não explorarás o trabalho dos outros
O fruto do teu trabalho será partilhado
Não terás luxos enquanto houver miséria
O interesse individual não deverá sobrepor-se ao interesse do colectivo
O espanto dos dois não fica por ali pois ao estudar os restantes vestígios deparam-se com o diário de Moisés (imaginem se já existissem blogs) e a acta da reunião com os sábios. No diário Moisés relata a sua conversa com Deus no Monte Sinai:
"Deus: - Moisés, pá, levas então aqui estas tábuas com os mandamentos para o pessoal se organizar lá por baixo. Estou farto de confusões e de gente a apelar à minha intervenção. É que não tenho descanso. Estou a dormir lá acordo com "ai meu Deus salvai-nos da praga"; estou a ouvir música e lá aparece um "Acuda-me Senhor". Não tenho sossego! Também tenho uma vida. Moisés: - Compreendo Senhor. De facto precisamos de ajuda. Deus: - Claro. Já tens aqui duas. Espera só mais um pouco enquanto o Gabriel copia os 5 Mandamentos finais do computador para a pedra. Moisés: - Computador? Deus: - Vais saber o que é quando subires aos céus ou se viveres até ao século XX depois de Cristo. Moisés: - Cristo? Deus: - Pá não tens fé? Moisés: - Tenho Senhor! Deus: - Então não questiones. Tenho mais que fazer. Aí tens a última tábua. Moisés: - Obrigado Senhor. Mandamentos sobre o amor à comunidade... Deus: - Sim! Vão ser essenciais para que vocês prosperem e vivam em riqueza, paz e saúde. Esses cinco são a chave para a felicidade. Leva-os e divulga-os. Moisés: - Obedecerei senhor. Deus: - Ah! Caso vocês se desviem desses mandamentos, no ano de 1917 depois de Cristo irá acontecer algo que provocará a viragem para o Bem."
Na acta da reunião entre Moisés e os sábios:
"Moisés: - Pessoal, atenção por favor! Vim agora lá de cima do encontro com Deus e ele entregou-me estas tábuas com 15 mandamentos para nos orientarmos cá em baixo. Sábios: - Então como é ele? Como soa a sua voz? Que fez ele? Moisés: - Calma! Quando morrerem vêm. Agora temos assuntos mais urgentes a tratar. Leiam os Mandamentos. Sábios: - Moisés, estes últimos Mandamentos... Isto vai ser a nossa desgraça! Vamos ser todos iguais? Não pode ser! Ai o nosso ourinho e as nossas cabras! Moisés: - Pois não! Proponho que enterremos aqui mesmo a última tábua. Será o nosso segredo. Contudo, Ele prometeu intervir caso não se verificar a aplicação de todos os Mandamentos. Sábios: - O que fazer? Moisés: - Temos de nos organizar e criar um grupo secreto de eleitos que ao longo dos tempos zele pelo nosso modo de vida e evite o tal amor para com a comunidade. Temos de estar atentos. Deus até me falou numa grande intervenção no ano de 1917 depois de Cristo. Sábios: - Cristo?"
Assim, Youssef e Carolina ao terem consciência do poder desta informação para o futuro da Humanidade, tomam as diligências necessárias para manter a descoberta nas mãos correctas para posterior divulgação. Mas cedo irão principiar os problemas...
O restante livro gira à volta das peripécias do jovem casal para defender o seu achado, para além da própria vida, das ameaças de um grupo de malfeitores capitalistas interessados em manter o mundo tal como está.
Vou enviar a ideia ao Dan Brown. Espero que não tenha o mesmo destino do Salman Rushdie.
Ia já Portugal lançado para a vitória, com um ímpar fulgor cultural, cientifico, económico e demográfico, quando o cromo do Carlos Magno e seus inúmeros aliados me declararam guerra. Até o Gandhi se meteu ao barulho. Mais um pouco e tinha conseguido construir a nave espacial. Ai se estivesse à frente deste país...
Andava eu no 5º ano de escolaridade, altura em que sonhava ser zoólogo, quando a minha professora de português pediu-me para exemplificar a aplicação de uma conjunção adversativa. Respondi:
"A minha casa é muito bonita porém ainda não está paga."
Apesar da tenra idade já tinha a percepção de como o Millenium, à data BPA, punha a vida de pernas para o ar aos meus pais.
Apesar de não um grande especialista sobre o funcionamento do mercado livreiro, posso afirmar, com elevado grau de exactidão, que o lançamento de um livro que seja um manual de esoterismo new age, um diário de uma prostituta ou uma lista de receitas com um famoso na capa é um sucesso comercial garantido. Todavia, se há assunto que suscita o ávido interesse dos leitores é a religiosidade e supostos ou imaginados mistérios que a envolvam. Desde o Dan Brown, José Rodrigues dos Santos, entre outros, são autores que se dedicam ou já dedicaram a este tema, tendo grande sucesso nas vendas. E quais as razões para estas preferências por parte dos leitores? Por um lado, esta sociedade está repleta de voyeurs que adoram mistérios, adoradores que adoram adorar, satânicos que adoram odiar e ateus que adoram criticar. Para eles estas obras são como um dicionário nas mãos de um asneirento . Por outro lado (o lado em que acredito mais), creio que são livros bem projectados comercialmente, bem escritos (ou pelo menos de uma forma acessível), provavelmente com algum rigor histórico e, sobretudo, que se revelam óptimas prendas de anos e de Natal quando a imaginação é curta (é sempre mais fácil receber do que dar).
Pondo de parte teorias, moralismos e outras aberrações da mente, venho aqui anunciar aos leitores e ilustres editores deste país que em breve irei apresentar a ideia para um grandioso, brutal e arrebatador livro sobre o maior dos mistérios religiosos.
Já vi a promoção do "Corrupção" e uma coisa é certa, vamos ter muitas glândulas mamárias não fosse o filme também sobre fruta.. Basta dizer que é uma produção de Alexandre Valente, produtor do vazio mas muito mamário "O Crime do Padre Amaro".
Curioso com a grande saúde das meninas dos seus filmes, telefonei ao Alexandre para lhe colocar algumas questões: FL: - Alexandre, reparei que o filme tem umas cenas muito arrojadas. Qual a razão desta aposta constante na nudez e no sexo? Alexandre: - Bem FL, em primeiro lugar eu cresci a ver filmes do Russ Meyer... FL: - Daí os seus olhos tão arregalados? Alexandre: - Nem mais! Depois eu sou um cineasta realista. Mostro as coisas como são! As gajas têm mamas portanto eu mostro as mamas! Ou querias cenas de sexo debaixo do lençol? FL: - Desculpe! Cineasta? Então não é um produtor? Alexandre: - Sim, sou um produtor. Vês? Sou realista! FL - Estou a ver, estou a ver. Alexandre: - Pá e depois o cinema é como o futebol... FL: - Ai sim? Alexandre: - Se um jogo de bola estiver a ser uma grande seca, um redondo 0-0 com a malta a jogar para trás, tu ficas a ver? FL: - Adormeço provavelmente. Alexandre: - Mas se houver porrada entre jogadores ou, melhor ainda, entre adeptos a coisa anima certo? O cinema é a mesma coisa! O filme pode ser um nojo mas se tiver sexo a coisa vende-se. Faz cinema como se costuma dizer. FL: - Pois, faz cinema. E o que diz sobre a recusa do realizador João Botelho em assinar o filme devido às alterações que levou a cabo na montagem das cenas e na banda sonora? Alexandre: - Sobre esse indivíduo tenho a dizer que Manuel de Oliveira há só um e não faz metade do dinheiro que eu faço. O pessoal quer música, quer sexo e intensidade enquanto come as pipocas. Não faço filmes para esquisitos! FL: - E os actores? Foi fácil escolhê-los? Alexandre: - sim, são sempre os mesmos. Quanto à fruta, peço desculpa, quanto às jovens que participaram nas cenas tórridas, delego isso no meu primo Isaías pois ainda estou a curar uma artrite nas mãos que surgiu quando fiz o casting da Soraia Chaves para "o Crime do Padre Amaro". FL: - Ossos do ofício. Obrigado Alexandre. Alexandre: - De nada. Vais ver o filme ao cinema? FL: Pá tenho net...
12 pios. A este aplica-se mesmo a expressão "vê-se bem". Durante o filme, em que Morgan Freeman faz de Morgan Freeman, este refere que já não trabalha há quatro anos. Pus-me a pensar e, talvez devido à senilidade, também não me estava a lembrar de nenhum filme seu nos últimos tempos. Fui ao IMDB e: "Million Dolar Baby", "Danny the Dog", "Batman Begins", "Lucky Number Slevin" entre outros. Curiosamente, este "10 items or less" é dos poucos em que Freeman é o protagonista.
Há uns tempos, quando faltavam mais dias para o mundo acabar, referi que iria abandonar a escala de 1 a 5 para classificar as obras ou misérias cinematográficas que passam por estes bonitos olhos castanhos. Irei adoptar a académica escala de a 20 dado que permite traduzir com mais exactidão as diferenças entre os filmes. Tal como em muitas coisas desta vida, um satisfatório 10 é diferente de um também satisfatório 13. É uma questão de tamanho. Assim teremos: 0 a 4 - Silêncio de desprezo e asco. 5 a 9 - Não Satisfaz - Pios de crítica e bota abaixo. 10 a 13 - Satisfaz - Pios de "vê-se bem" 14 a 17 - Bom - Pios de "vale a pena" e de entusiasmo. 18 a 20 - Muito Bom - Pios de aplauso até ficar depenado.
Recebi agora um email de um tal "Cartão SPF", assinado por por um Mark, com o seguinte título: "Filipe, já há algum tempo que não falamos".
Eis o conteúdo:
"Olá, FILIPE
Não sabes o que perdeste ontem! Não parámos o dia inteiro, sempre de um lado para o outro … Bem…fomos com as miúdas “às compras”, Uuuuuuii!...Mas agora a sério e tirando a parte de estar sempre à espera delas…tens de passar na Springfield, já está com nova colecção. Eu comprei uma camisa e um blusão de pele, e o melhor…a Paula adorou! Para além do mais como tinha saldo acumulado no Cartão Club Springfield e utilizei o Dinheiro SPF não gastei muito! Tens que lá ir!"
Regozijo-me por a Paula ter adorado as compras apesar de não fazer a mínima ideia de quem seja. É sempre bom ver as pessoas felizes. Soube que ontem à noite noite pagaram 80 euros por um repasto de marisco, num restaurante não inspeccionado pela ASAE, e fizeram O Amor à luz das velas (depois de tirar a camisa e o blusão de pele claro) ao som da pujante Celine Dion. A noite perfeita não?
Enganam-se! Uma amiga de uma amiga de uma amiga de um amigo de um cunhado de uma amiga de uma prima de uma amante de uma amiga (relação lésbica toparam?) de um tio de um companheiro de um amigo (modo discreto de nos referirmos a uma relação homossexual: "companheiro") de um primo da Paula, contou-me que a alvorada foi agitada. Parece que depois da noite de amor, o Mark virou-se para a Paula e: - Paula, esta noite noite enquanto tentava recordar o refrão daquela música da Celine, reparei que estás com um pouco de celulite nas coxas. Paula: - E?!?! Mark: - E que não pode ser. Tens de eliminar isso. Achas que a celulite combina com o meu corpo malhado? (o Mark gosta de telenovelas) Paula: - As mulheres não são perfeitas sabias?!!! Mark: -Olha as boazonas da revistas não são assim! Paula: - És mesmo ingénuo. aquilo é tudo trabalhado com photoshop. Mark: - Photoshop?!?! Isso é a resposta típica de uma mulher invejosa e descuidada ou então de um hippie avesso às revistas da moda e à sociedade de consumo. Como não és hippie... Paula: - Oh meu grande... Mark: - Essa do photoshop é como a de Deus. As pessoas não conseguem perceber como é que há gajas assim tão boas e lá criam uma entidade superior para terem respostas para o inexplicável. Paula: - Que rico teólogo da Maxmen me saíste tu! Mark: - Se fizesses mais ginástica e falasses menos. É melhor ires para o Holmes. Paula: - Olha meu cabrão podes ter um corpo muito tonificado e bonito, só é pena que um osso do teu corpo não funcione bem (a Paula não percebia muito de anatomia humana)! Desde que te meteste nas pastilhas que a minha satisfação sexual é nula. Mark: - Ai sim? Olha que na cama gemes que nem uma doida! Paula: - Ahahaah. Como é que achas que treino para ser a melhor no coro da paróquia? Mark: - És uma triste infeliz! Paula: - Tens razão. Se não fossem as compras na Springfield já... Mark: - Pois. Por caso ontem vi lá umas calças porreiras. Guardaste o cartão? Paula: - Claro. Queres ir às compras hoje?
Que moralismo... Eu também tenho um cartão da Springfield. Ainda bem que deixei o email... De qualquer modo, o Mark e a Paula tiveram um dia melhor do que o meu. Os meus portugueses foram derrotados pelos holandeses no Civilization IV. Fui para a a cama a pensar nisso.
Estou a pensar em criar um blog sobre ideias. Com um funcionamento semelhante ao "Ouvido por acaso", o intuito é reunir o maior número de pessoas possível que queiram dar contributos para melhorar o nosso dia-a-dia. Podem ser mais ou menos complexos, cómicos, utópicos, profissionais, etc...
Exs: Os automóveis poderiam ter limitadores de velocidade. A administração pública poderia utilizar software livre.
Se estiverem interessados em participar digam coisas. Quantos mais melhor.
Estou aqui a tentar escolher um vítima em quem bater. Está complicado. Já me passaram vários nomes pela cabeça e perante a indecisão levam todos.
Luís Filipe Menezes - "Porra ganhei mesmo carago?!?!! Tenho de unir o partido para não conspirarem contra mim, como eu fazia ao Mendes"
Santana Lopes - "De mim não se livram. Com sorte ainda corro com o Menezes até 2009. Ainda bem que os debates parlamentares são só à tarde."
Paulo Portas - Não me ocorre nada para dizer dele mas tinha de o colocar aqui.
Manuel Pinho - "Nunca mais é dia de voltar para o BES!"
Pinto da Costa - "O apito dourado vai ficar enferrujado (pum pum)."
Sócrates - "Estes gajos de esquerda..."
Mário Lino - "A Sul do Tejo só há comunas"
Carvalho da Silva - "Os professores que comecem praticar tiro ao alvo com tomates podres."
Luís Filipe Vieira - "Isto de de comprar jogadores é muito complicado, hum hum. Nos pneus é por catálogo hum hum."
Mário Machado - "Então o meu tetra avô materno era marroquino?!?! E a minha tetra avó brasileira? Mas eu sou tão lourinho e claro!"
Teixeira dos Santos - "Fico tão bem de pen na mão."
Francisco Louçã - "Usar gravata é ser enforncado pelo capital."
Senhora Maria - "Ai coitados dos pais da Maddie!" - passadas 24 horas - "Assassinos!" - passadas 12 horas - "Coitados, ai uma filha raptada." - passadas 6 - "Sanguinários" - passadas 3 horas - "Pois é, parecem mesmo pessoas de bem, pobrezinhos." - passadas 2 horas - "Era pena de morte para os pais!"
Jardim Gonçalves - "Ainda tiro o sotaque ao Berardo!"
Berardo - "Ainda tiro o Jardim Gonçalves do poleiro!"
Rosalina Guedes - "Oh Edmundo, o teu pai não é banqueiro para te perdoar a dívida? Já ando a vender os meus soutiens na internet para pagar as prestações."
Edmundo a limpar a caçadeira - "O cantor irritante do anúncio já vai ver como vai ficar com as pernas."
Há uns tempos, vi uma interessante reportagem no Euronews sobre a utilização do Linux na Extremadura, Espanha. Certamente para poupar uns valentes trocos e para criar uma verdadeira comunidade informática, o governo da Extremadura desenvolveu e promoveu o gnuLinex (Linex para os amigos) de modo a utilizá-lo como sistema operativo nas escolas e instituições públicas da região. Mas nada melhor do que ver o vídeo.
Poupam 20 milhões de euros em licenças. Nada mau para uma das regiões mais pobres da UE. Estava a consultar as entradas sobre o Linex na Wikipédia (estou aqui a lembrar-me de um certo político...) e eis que encontrei ligações para:
Guadalinex (Andaluzia),
LliureX (Comunidade Valenciana),
MAX (Comunidade Autónoma de Madrid),
Trisquel (Galiza),
Molinux (comunidade autónoma de Castilla-La Mancha).
É nestas alturas que que vejo com bom grado a regionalização.
Até tenho uma perspectiva optimista no que diz respeito à informatização dos serviços públicos deste país, especialmente das escolas e universidades, embora frequentemente tenha a impressão que a progressão não é mais acelerada por desleixo, desinteresse ou desconhecimento dos decisores. Apesar do folclore oco do governo e da propaganda à TMN, aplaudo as iniciativas recentemente tomadas para a divulgação e propagação das tecnologias da informação e comunicação no seio do universo escolar. Raio dos putos de hoje... No meu tempo andei 2 anos a cravar um PC de jeito aos meus pais. Depois de o ter, esperei mais 1 para ter impressora.
Mas... e que tal dar um passo mais ambicioso? Podia chamar-se Tuga, LiTuga, Tuguix, Lusiguix, Litugal, Tuguex... Olhem que se poupa senhores ministros!
Se conhecerem alguma entidade pública ou zona do país que que tenha enveredado pela utilização de software livre, façam chegar a notícia.
P.s. Provavelmente este texto e os vossos comentários serão alvo de escrutínio pela Microsoft.
Dada a minha personalidade, caso ingressasse na vida mafiosa para ganhar uns trocos e aceder à genuína cozinha italiana seria um consiglieri.Os Sopranos por Guille do blog Tíntaculo
Como o autor admite, o desenho do consiglieri Silvio Dante podia estar melhor.
3 pios. Simplificando, podemos considerar este filme um thriller de ficção científica (e mais não digo). Contudo, esta dicotomia nem sempre funciona já que nos momentos em que se assume como thriller são ignorados alguns pressupostos científicos e lógicos. Para já leva 3 mas tenho de debater o assunto com o expert Ovelha Negra. Estou a pensar em adoptar uma notação de 1 a 20, à Marcelo, de forma a distinguir melhor os filmes.
Nestes dias de grande fervor religioso, quer em Fátima quer em Torres Vedras, recordei que na minha infância, quando ainda não professava o ateísmo, um dos meus principais receios era:
" Então e se me aparece Deus, Jesus ou a Nossa Senhora? O que é que eu faço?"
Ou era pouco sociável ou suspeitava que caso isso me acontecesse teria de viver num mosteiro levando uma vida de castidade.
Tenho uma inveja sincera dos que acreditam em algo depois desta vida.
Descobri esta fotografia no Olhares.com. Parece que o Hélder Mendes é daqui de Aveiro. Infelizmente não sou eu que poso na fotografia. Tenho amor à minha bicicleta. Tretas... se pudesse claro que saltava assim! Para já limito-me a pulinhos, descer umas escaditas e a sofrer os perigos das estradas lunares de Aveiro.
Pelo que diz o Dr. Luís Filipe Menezes, nos momentos em que não consulta a Wikipédia gosta de ver os filmes do Tarantino. Deixo-lhe esta prenda extraída do Death Proof.
Julgo que nos próximos tempos o dr. Menezes irá comportar-se como o Stuntman Mike. Verá o Sócrates à abanar-se todo à sua frente mas não lhe conseguirá tocar.
E será que a moda da lapdance pega? Lembram-se da célebre cena entre a bela Uma Thurman e o Travolta a no Pulp Ficiton? A partir daí, 80% das vezes que vejo uma pessoa a dançar espontaneamente lá aparecem os dedos à frente dos olhos.
Também não posso falar muito pois sou tão bom a dançar como Jesus Cristo na cruz a tentar fazer break dance. Aliás, o meu ar desengonçado é tal que se um dia a polícia me ordenar que ande em linha recta, vai pensar que estou em iminente coma alcoólico.
Eu consegui! Está ali em baixo com um algodão doce na mão. Quem eu não consigo encontrar é o Dr. Menezes quando os números do desemprego continuam a subir e o Dr. Portas, o líder daquele partido onde as reuniões acabam ao murro, vai à RTP fazer de paladino da segurança.
No decorrer de uma formação o aveirense e escritor Pedro Santos Cardoso, um dos autores do blog Dolo Eventual, deu a conhecer à audiência o que se entende por auto-defesa. Esqueci-me de lhe perguntar se a atitude de Scolari se enquadrava nesse conceito.
Estou para ver quando volta aos anúncios da Caixa.
Normalmente os clubes de futebol estão associados a empresas de construção civil ou ao negócio da noite. O Centro Desportivo de Fátima, próximo adversário do FCP na Taça da Liga, é um fenómeno diferente, marcado profundamente pelo seu contexto religioso. O seu presidente é um padre, tem um jogador chamado Bispo, um Índio (o evangelizado), outro Castigo (o louvado calvário) e 4 com nome de apóstolos. Também já cometeu dois milagres: tem apenas 4 estrangeiros no plantel e consegiu ganhar ao Gondomar (qualquer associação ao Apito Dourado é mera coincidência) num jogo da 2ª Liga de Honra.
Sempre me considerei uma pessoa com um nível de criativadade/imaginação um pouco acima da média apesar desta nem sempre se ter expressado ou desenvolvido da melhor maneira devido a caraterísticas da minha personalidade, ao pobre sistema de ensino português e a problemas de índole psiquiátrica que, como sabem, fazem de mim um possível sociopata com um fetish por covas no quintal das traseiras. Como sou um indivíduo humilde, saliento que no meu entender a criativadade média dos seres humanos é tão elevada como a vivacidade das conferências de imprensa do Fernando Santos. Portanto se me julgo apenas um pouco acima da média, não sou um special one da imaginação.
Feito este exercício de refracção do ego, eis o que ocupa a minha mente neste momento:
É um facto que sempre que tenho de criar uma personagem, esta acaba sempre por ser fisicamente parecida comigo.
Isto acontece-me invariavelmente quando crio o meu Sim, o meu ente no Second Life, o meu skater no Tony Hawk, o meu jogador de futebol ou de basket, a minha personagem nos role-playing games (sejam de tabuleiro ou electrónicos, desde o Neverwinter Nights ao Cyberpunk)... Acabo por ter uma figura alta, grande, de cabelo rapado, com barba e se possível ainda meto uma cicatriz lá pelo meio. Inclusivamente, no Tony Hawk cheguei a vestir-lhe uma sweat de carapuço azul parecida com uma que está no meu armário. Não conheço as razões pelas quais não fujo da realidade e, tirando partindo da imaginação e das ferramentas ao dispor, crio uma mulher de negócios, um negro estiloso, um hippie, um asiático, um anão, um elfo, uma orc sexy, um proxeneta ou uma modelo, com os mais variados estilos de cabelo e roupa. Para além dos aspectos exteriores, no que toca à personalidade acabo por ser uma criatura correcta, justa e boazinha. Se, por exemplo, no Dungeons & Dragons matar um tipo ou uma criatura chifruda, de certeza que será para libertar a criancinha orfã ou a filha virgem e roliça do agricultor desgraçado e explorado pelo mauzão. Que moralismo cristão. Será que eu gosto assim tanto de mim? Será que sou um reprimido e oprimido deste mundo e aproveito estes espaços para projectar a minha identidade na ânsia de atingir a liberdade? Será que necessito de saber que estes universos aceitam a minha pessoa? Será que o eu que eu sou não é o mesmo eu que eu vejo nem é o eu que os outros vêem? E qual é o verdadeiro eu?
Talvez o melhor seja ficar-me pelos jogos de damas nos jardins.
Até o mesmo nome chego a usar. Mas Filipe é bonito. Vem do grego e siginifica amigo dos cavalos.
A propósito daquela coisa bonita que foi a Caça às Bruxas nos States, parece que o então fraco actor Ronald Reagan e o poderoso Walt Disney eram dois grandes bufos no universo hollywoodesco.
De facto, muito boa gente deve andar com a vida de pernas para o ar e virada do avesso por causa dos créditos mal parados. Por outro lado, se há entidade que anda toda revirada é o Millenium BCP. T2 para os dois, com vista para o mar e com jardim? Isso cheira-me a empréstimo a 50 anos, período de tempo em que um gajo divorcia-se mais do que se casa e tem 10 empregos. Carrro com tecto de abrir? Só se for uma carroça? É o senhor Berardo que paga? Pode ser que no próximo anúncio promovam os créditos com um pack de empregos bem remunerados e não precários.
Seja feita justiça! Os últimos anúncios do BCP, com este artista, Pedro Abrunhosa, Sara Tavares, José Berardo... são irritantes e agoniantes mas ficam no ouvido.
Os mais fortes utilizam o seu poder económico baseado no monopólio e num marketing agressivo na tentativa de imperar e esmagar os pequenos. E estes, os que forem inteligentes para sobreviver, replicam que os ditos grandes ao apostarem na massificação deixam de parte nichos de mercado especializados e exigentes que procuram no comércio dito tradicional (nem sei bem o que isto é) a satisfação dos seus desejos. Sem entrar em discussões ideológicas, uma vez que considero que a velha conversa "o meu ISMO é melhor do que o teu" não faz sentido nos dias que correm, confesso que tenho alguma admiração pelas pequenas iniciativas empresariais (e até culturais) em detrimento de alguns "monstros" monopolistas, gananciosos e por vezes castradores da diversidade.
Há dias desloquei-me à maior loja de electrónica de Aveiro para observar e recolher mais informações sobre um certo monitor que pretendo adquirir. Após análise do produto pela minha leiga pessoa, solicitei a um funcionário uma ajuda e opinião. Apesar da extrema simpatia e boa vontade, depressa conclui que ali o perito era eu. No mesmo dia, na condição de curioso sobre banda desenhada, estive durante mais de uma hora a conversar online com um dos sócios da loja Secção 9 (que já indiquei no blog), recebendo sugestões, opiniões e informações sobre alguns livros que pretendo adquirir. Esta dedicação e atenção para com os clientes também é notória no meu clube de vídeo, Ovelha Negra, onde o seu dono não hesita em demonstrar o seu espírito crítico ao relação aos seus filmes (podia fazer como alguns que dizem que os filmes são todos bons), dando sugestões e dicas nos meus momentos de indecisão. São dois casos onde é demonstrado interesse no negócio e nos clientes, algo que é raro nos monstros apesar de toda a formação que os seus funcionários recebem.
Depois de conhecer o Museu Colecção Berardo cujo acervo pertence ao iluminado benfiquista José Manuel Rodrigues Berardo, concluo que:
Vale a pena por parte do conteúdo;
Há momentos em que o melhor é dar aos pés (minimalistas... ai rococó rococó)
Vale pena pela gratuitidade pois no mesmo dia pediram-me 4,5 euros para entrar nos claustros dos Jerónimos em obras;
Tal como defendeu Pacheco Pereira na data da sua abertura, esta colecção tem de ser encarada como um fundo de investimento. Ao lado de peças "boas" existem "menos boas" ou de artistas "menos conceituados" numa lógica de valorização das segundas por arrasto das primeiras (diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és);
A exposição está sobredimensionada ocupando grande parte do espaço do CCB. A presença de algumas peças (e dos minimalistas pois aquilo também eu faço) era escusada. Agora compreendo o espírito ressabiado de Mega Ferreira em algumas entrevistas recentes. De facto, o CCB terá no futuro a sua actividade muito condicionada;
O José Berardo provou que de parvo não tem nada. Arranjou um belo espaço para expôr e valorizar o seu investimento a um custo mínimo (suponho). Será que findo o contrato não efectua uma belas vendas?
Quanto à arte em si, outro dia crítico. E como dizia uma professora minha, arte é o que cada um quiser. Para além das "obras", gostei das portas dos WC e do sistema de armazenamento das cadeiras.
3 pios. Estava à espera de mais. Aos 75 minutos perguntei: "Então quando é que sou surpreendido?" Apesar da interessante abordagem, considero que ambos os mundos podiam ter sido mais desenvolvidos. Era mais meia horita de filme.
3 pios. Faço anos no dia 3 de Fevereiro, é um dos meus números preferidos (só gosto de ímpares pois no fim há sempre um que poeticamente fica sem par); o Jordan usava o 23; não gosto do 22 mas se lhe somar 1 dá...; 23 é o número de corpos no meu quintal... É interessante a performance do Jim Carrey fora do registo cómico.
Se fosse a ele demitia-me, se fosse um patrão capaz demitia-o, se fosse a Caixa Geral de Depósitos suspendia os anúncios e fechava-lhe a conta. Um pai moderno não bate nos seus nem nos filhos dos outros, mesmo que sejam mal educados. E sendo um notório cristão e devoto de Fátima, não sabe que Cristo deu a outra face? Claro que depois a vida correu-lhe mal e curtamente mas a de Scolari também já teve melhores momentos.
O momento mais sexy presenciado pela minha pessoa neste Verão foi a corrida acelerada e aflita de um jovem entre a sua tenda e o WC com um rolo de papel higiénico na mão. Não deixa muito à imaginação certo?
Como foi solicitado pela caríssima avelaneiraflorida, deixo aqui, aqui e aqui, links para aprofundar conhecimentos sobre o Civilization. Em síntese, posso dizer que se trata de um jogo cujo objectivo é criar uma civilização desde os seus primórdios e desenvolvê-la como tal, ou seja, tendo em conta aspectos económicos, sociais, militares, políticos, religiosos, culturais... Um dos meus momentos preferidos é quando crio uma maravilha do mundo.
Já vou poder construir a minha civilização russa e dominar o mundo. Por curiosidade, em Portugal custa 80 euros, em Inglaterra 30. Obrigado Gipsy Fontelonga.
Há uns dias perguntaram-me qual o título que atribuiria a um livro de minha autoria.
Está bem que eram 9 horas da manhã de um Sábado e a noite não tinha sido bem dormida, mas responder "O siginificado da vida" foi a coisa mais parva, banal e desinspirada que disse nos últimos tempos.
Ontem estava na cama e a certa altura ocorreu-me o seguinte pensamento político:
"A distância entre o PS e o PSD é a mesma do rosa ao laranja num arco-íris de duas cores."
Nem saiu mal. É certamente superior às afixadas pelos diversos jornais nacionais nas suas secções de frases notáveis de pseudonotáveis.
Mas após uma investigação (sim pois isto de escrever blogs não é só tirar textos da wikipédia), verifiquei que o laranja é uma das sete cores do arco-íris mas o rosa não. Que quererá isto dizer?
Algo de absolutamente fascinante na prática do campismo é o facto de termos diferentes vizinhos apenas por uns dias. Tudo é temporário! Quem não gostaria de atribuir essa precariedade a alguns dos entes com quem partilham as paredes?
Põe a música alta durante as refeições à porta da barraca? E depois?!?!? Não temos de aturar as suas festas ao som de kizomba no Natal nem os tachos na passagem de ano. Ouve-se o ressonar através das finas paredes das tendas? Antes isso do que ter uma ninfomaníaca com um colchão estragado a morar no andar de cima. Têm uns filhos ranhosos, barulhentos e malcriados que são constantemente chamados à atenção por uma mãe cuja capacidade de adjectivação se resume à aplicação dos termos estúpido e parva em curtas frases estridentes? Aproveitamos para conhecer a juventude e ponderarmos sobre a necessidade da existência de herdeiros.
Nesses breves dias eles vão e vêm. A socialização é mínima e para o ano o parque e as pessoas serão outras. Maior precariedade só no emprego.
Teorias meus caros...
Este ano avizinhou-se da minha tenda (aka penthouse do camping de Caminha) um sujeito com um hábito saudável. Tal qual uma bela fonte numa rotunda na entrada de uma qualquer vila do nosso Portugal profundo, o indivíduo em causa bolçava líquidos interiores pela boca a um ritmo alucinante. Ou seja, o homem passava a vida a escarrar ou cuspir. Saliva, expectoração, restos de comida... não fui verificar mas a execrabilidade do acto era evidente. Estava a jogar às cartas, ouvia música, dormia, comia e lá ouvia um ARRRGGGHHHHH and so on... Ainda por cima estava perante um campista caseiro pois nunca saía da tenda. Sempre que eu regressava do passeio ou da praia tinha de o gramar inevitavelmente. A certa altura deixei-me de preocupar com uma eventual inundação, dado que o calor ajudava à secagem dos campos, e tentei divertir-me contando as cuspidelas. Pois bem, rapidamente fartei-me pois o ritmo revelou-se frenético.
7 tiros em apenas 5 minutos! Espero que beba muita água.
A potência foi de 22 kton de TNT, similar à bomba Fat Man dos Estados Unidos, largada sobre Nagasaki, (Japão). Por insistência de Lavrenty Beria, o dispositivo foi mais ou menos copiado a partir do desenho da Fat Man americana. Foi denominado de Primeiro Relâmpago (em russo, Первая молния) pelos soviéticos. O seu desenvolvimento levou anos de avanço relativamente às projecções da Inteligência Militaramericana, tendo sido um choque para o Ocidente.
Acho piada como algumas pessoas, especialmente mais idosas, lidam com os seus telemóveis. Ouvem tocar durante 40 segundos e lá dizem: "ai que é o meu". Mais 40 segundos a procurá-lo na carteira, 10 para topar que pegaram nele ao contrário, 20 de olhos franzidos a identificar a origem da chamada e quando finalmente atendem : "Foi abaixo!" Um comportamento tão funcional como a "rede" de transportes urbanos do Porto.
Há pouco recebi uma sms de um número desconhecido assinada por uma Antonieta que dizia: "Olá. Hoje não venha. Vou sair. Pode ser para a semana. Bjs Antonieta"
Agora imaginem que estava no banho e dizia à futura mãe dos meus filhos para ver o telemóvel. A Antonieta podia ter minado uma relação amorosa de 7 anos. Já estou a imaginar daqui a uns 20 anos, quando estivesse em discussão o destino de férias, ouviria: "Queres ir a Barcelona é? Às tantas mora lá a Antonieta! Tu desde aquela mensagem que andas diferente!"
Depois de durante alguns dias percorrer quase 80 kms na costa aveirense, furar o pneu traseiro na derradeira viagem, a uns meros 4 kms de casa, tomei consciência da enorme frustração existente na expressão "foi abaixo".
Corria o ano de mil nove e noventa e dois, tinha eu 11 anos, quando certo dia peguei no telefone e a coisa aconteceu mais ou menos assim: FL: - Tou? É do restaurante X (digo apenas que se trata de um restaurante conhecido em Aveiro)? Empregada: - É sim. FL: - Aceitam reservas para baptizados? Empregada: - Sim. FL: - Então gostaria de realizar aí o almoço de baptizado do meu filho. Empregada: - Muito bem, e quantas pessoas são? FL: - Trinta. Empregada. - OK. FL: - Então e o que tem para comer? Empregada: - Bem.... - e lá referiu uma série de pratos que obviamente não recordo. FL: - Então pode ser... Empregada: - Então e quando será? FL: - Na 4ª, dia... Empregada: - 4ª? Mas não se realizam baptizados às 4ªs!
Se eu à data ainda não fosse ateu talvez tivesse tido sucesso com a maldade.
Eu até pareço um fã do novelesco wrestling ao dizer-vos que já me deleitava com uma cena de pancada entre o Luís Filipe Vieira e o Jorge Nuno Pinto da Costa.
50 Cent e Kanye West irão proximamente lançar os seus respectivos álbuns no mesmo dia. 50 gosta tanto de Kanye que chegou ao ponto de dizer que se o seu disco não for o que vender mais deixará o mundo da música. Tentador... mesmo para quem não gosta de Kanye West.
O que diz uma mulher nas ruas da Costa Nova (praia de Ílhavo/Aveiro) quando vê um moço jeitoso (eu) a passar numa bicicleta preta e cinzenta e equipado a rigor nos mesmos tons (capacete, óculos, mochila, t-shirt, calções e sapatilhas)?
- Ó sôr guarda. Ó sôr guarda.
Será um sinal para uma nova profissão? GNR ou quiçá super-herói.
Ter férias num resort localizado num dito país é o mesmo que passar férias nesse país? Julgo que não. A pessoa visita e permance numa área geográfica paradisíaca, propriedade de uma multinacional e cuidadosamente isolada da realidade económica, social e cultural circundante. Quanto muito no resort oferecem alimentação dita autóctone (se nos esquecermos que o povo geralmente subsiste a pão e água).
Imaginemos que sou um australiano cujo único amigo português é o Alberto João Jardim. Poderia proclamar "eu conheço bem o feitio dos portugueses"?