domingo, 29 de abril de 2007

Alguém lhe põe a mão?


Ninguém coloca este senhor em ordem? O nosso presidente anda assim tão distraído? Eu quando vejo a campanha eleitoral da Madeira fico parvo com a mediocridade, pobreza, atentado ao pudor, falta de espírito democrático e abundância de parolice e pimbismo reinante. E não me refiro só ao PSD.
Que me desculpem os madeirenses mas ao pé deste espectáculo Porutgal, com a excepção de algumas autarquias afamadas, parece uma democracia nórdica.

Barry Lyndon

Um filme completo. Um argumento rico e óptimo para compreender um pouco da história social e política da Europa nos meados do século XVII.
5 pios (ou: de tanto piar fiquei sem penas). É do Kubrick...

E que tal ganhar?

Depois de ter visto o empate entre o SLB e o SCP e tendo aquela lusa perspectiva que todos os males da bola são têm origem nos treinadores, eu pergunto se na parte final do jogo não houve falta de ambição do senhor de risco ao meio e do outro com ar de sofredor?

Web 2.0... the machine is us/ing us

Reparei neste vídeo enquanto lia o blog de Bruno Sena Martins. É da autoria de Mike Wesh, um antropólogo da Universidade do Kansas, que o criou para explicar a Web 2.0 aos seus alunos. Muito bom.

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Quando o 25 foi um 31

Eu, naquelas longas noites de insónias, por vezes imagino como estaria a Lusitânia hoje se não tivessse havido a dita revolução no dia 25 de Abril de 1974.

São conjecturas que originam lágrimas. Ora reparem:

- Portugal seria maior do que a Europa;
- Teríamos o petróleo e os diamantes de Angola;
- Cabo Verde seria a nossa alternativa turística ao Algarve para já não falar das potencialidades do turismo de caça nas savanas angolanas e moçambicanas;
- Mantorras jogaria na nossa selecção;
- O Benfica teria os desejados 500 mil sócios;
- Teríamos apenas um partido logo não se desperdiçaria dinheiro nem tempo a ouvir parvoíces;
- Os meninos aprenderiam bons modos na Mocidade, não havendo tempo para desportos radicais, pensamentos criativos e desviantes;
- O emprego estaria garantido após a conclusão da 4ª classe com a necessidade de mão-de-obra na lavoura e a não concorrência do sexo feminino que estaria confinado, e bem, as tarefas domésticas e à educação católica das crianças;
- Não pertenceríamos à UE logo não teríamos de viver com esta moeda apólida que só nos traz inflacção;
- Os nossos indefesos olhos e ingénuas mentes não seriam invadidos pelos demoníacos canais privados de televisão e jornais subversivos;
- Não teríamos imigrantes. Assim, não saberíamos o que seria a prostituição, o crime ou os modos desviantes desses estrangeiros que corrompem a cultura da pátria, alicerçada em coisas bonitas como os bailaricos, festas religiosas, fado, futebol e nos contos do professor José Hermano Saraiva;
- Não haveria pedófilos;
- Nem divórcios;
- Nem droga, filmes porno ou livros da Margarida Pinto Correia;
- Nem homossexuais, metrossexuais, hippies, sujeitos de barba ou bloggers...

Perdemos um país na Idade do Ouro.

terça-feira, 24 de abril de 2007

Eusébio na Luz

É com agrado que ouço as novas sobre o rápido restabelecimento do grande Pantera Negra. Contudo, e com todo o respeito que o craque merece, não se pode falar de outra coisa?!?! O homem felizmente safou-se caso contrário tínhamos assunto até ao Natal. Curiosamente, acabou por ser tratado numa instituição designada "Hospital da Luz", recentemente inaugurada pelo grupo BES. Melhor publicidade era impossível. Até os médicos parecem verdadeiros relações públicas naquelas longas, concorridas e bem dispostas conferências de imprensa.

Marvão

Título: Marvão
Autor: Zé Pedro

Título: Marvão nas alturas
Autor: Gonçalo Pereira

Ambas as fotografias foram retiradas do site olhares.com.
Para quem não conhece, digo-vos que é um local de extrema beleza. Perdem-se largos minutos a observar a paisagem.

Olho aberto

Gostava de conhecer a razão pela qual no Jumbo um pack de 6 coca colas normais custa 2,55 € enquanto a unidade custa 0,4 €? Então 6 x 0,4 não são 2,4 €?
Uma vez que na prateleira já não havia unidades avulsas (espertos!), nada como rasgar o plástico do pack e obrigar o rapaz da caixa a registá-las uma a uma. Sempre se poupam 0,15 €.

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Fiona Apple - Not about love

300

Apesar de a história estar algo Hollywoodesca, simples e com aquelas "piadinhas" e soundbytes típicos, este filme é graficamente brutal. Recomendo o visionamento da versão de 1962 e a leitura do livro de Frank Miller. 3 pios.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Ser ou não ser injinheiro

Hoje em conversa com uns colegas de trabalho abordámos uma bela teoria da conspiração sobre o caso que abala o nosso PM. Será que está a ser uma vingança do, também engenheiro, Belmiro de Azevedo pelo voto contra da Caixa Geral de Depósitos na decisão sobre a OPA à PT? Um dos principais impulsionadores desta polémica tem sido o jornal Público que é propriedade de...
Teorias...

A propósito do título de engenheiro surge-me uma reflexão.
Respeito e reconheço o valor das ordens profissionais na defesa dos interesses dos seus membros. Todavia, não posso deixar de lhes vislumbrar fortes traços corporativistas.
Segundo as regras lusas, só é engenheiro quem for licenciado em engenharia num curso reconhecido pela respectiva ordem ou se prestar prova de admissão à mesma. Logo, todos os bacharéis de engenharia ou em universidades que não preencham os requisitos (ter não sei quantos professores doutorados, etc.) são engenheiros técnicos ou licenciados em engenharia respectivamente. Ora, como se verificou com o nosso PM, neste país provinciano onde o grau de doutor ou de engenheiro confere favores, privilégios, descontos e acesso a famílias de bem, temos um caso bicudo com a perspectiva de uma desclassificação profissional em massa. Inclusivamente, já estou a pensar em pedir a carteira profissional a todas as pessoas que conheço/ trato como engenheiro. Não quero ser aldrabado.

A minha pessoa não concorda com esta imposição da ordem dos injinheiros. Na opinião deste doutor (ou sótôr), os cursos de engenharia deveriam formar imediatamente engenheiros, cabendo ao Ministério do Ensino Superior a capacidade de avaliar e certificar as habilitações dos alunos e a qualidade dos cursos ministrados.

É por causa destas atitudes corporativas que temos em Portugal engenheiros de leste (com óptima formação) a trabalhar na obras. Como trolhas claro está!

Interpelações

Ó senhor presidente não faça essa cara de espanto e esclareça-me se faz favor.

Há dias li que o lamentava e que era necessário corrigir os baixos índices de habilitações dos portugueses. Não foi o senhor quem chefiou um governo durante dez anos que adoptou um modelo de desenvolvimento estruturado no betão e no alcatrão? Não podia ter aplicado mais fundos europeus na educação como fez a Irlanda?

O senhor promulgou, e bem, a lei sobre a despenalização da interrupção voluntária da gravidez. Contudo, enviou ao parlamento uma mensagem com diversas notas e conselhos para possíveis alterações e marcados condicionalismos a implementar. Se não concordava porque é que aprovou ou não enviou para o Tribunal Constitucional?

Recentemente, aludiu à necessidade de rever a predisposição governamental e promessa socialista em realizar um referendo sobre o futuro Tratado da União Europeia, dizendo sobre a matéria: " Às vezes avançam sem pensar nas consequências e depois o que fazem é corrigir." O senhor não acredita muito na capacidade de escolha democrática dos portugueses não é? Talvez se lhes tivesse dado mais educação...

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Humanos - Quero é viver


Queremos todos não é?

The Road to Guantanamo

4 pios. Que campo de férias!

Ingratidão

Estou aqui a ver um jogo entre o Benfica e o Braga.

O João Pinto (hoje no Braga) estava a marcar um canto e viu-se um jovem educado na bancada a gritar que o craque era filho de uma meretriz.

Passaram 25 minutos e o SLB ainda não marcou. Talvez devido aos últimos resultados menos felizes, alguns slblianos já assobiam os seus jogadores.

Belos adeptos.

domingo, 15 de abril de 2007

Sweet music to make sweet love

Assim se apresenta um disco:

People want to know what's the secret to Chest Rockwell's
Ability to pick up all these beautiful women
Is it your good looks ?
Is it that big bulge in your pants ?
Could be that fancy car you drive ?
That i lease and change every other year, but
You don't need to know that
I say look
I'm gonna let you in on a little secret
My man nathaniel merriweather, you know
A little running buddy from handsome boy modelling school
Made this thing called
Music to make to your old lady by
Barry white used to work
Shoot, even abba used to work the way i was doin' my thing
But man, you put this on
And the hos just go wild
I'm telling you
Music to make to your old lady by
You know, you tried cognac
Even tried givin' her some weed
Shoot, you might've even tried ecstasy
But ain't no sheer ecstasy until you try
Music to make to your old lady by

Música: Ladies Love Chest Rockwell
Álbum: Music to make love to your old lady by
Banda/Projecto: Lovage

Retrato ambiental de Portugal

Esta notícia da BBC faz interessante retrato do desenvolvimento do nosso país e suas consequências ambientais.

Injinheiro Sócrates

Aqui fica uma interessante visão sobre a questão que abala o nosso Primeiro. Autoria da Margarida.

sábado, 14 de abril de 2007

Assuntos pascais

Este post já vem atrasado.
A Páscoa não me diz nada excepto pela oportunidade de ter férias. Contudo há coisas a ela associadas que nao me saem da cabeça:
- Como é que, durante o compasso ou visita pascal, as pessoas são capazes de beijar a cruz? Admiro-lhes a fé mas só de pensar que iria contactar com os germes da vila toda...
- Foi também num Domingo de Páscoa que fiz uma das coisas mais divertidas da minha infância. Estive a tarde com a minha irmã a ver qual dos dois detectava a pessoa mais parola. Ganhou ela ao escolher um tipo que passou num carro, sentado de fora da janela e empunhando uma garrafa de cerveja. Cada um diverte-se como pode...
- Foi também nessa época do ano que, no decorrer de umas férias, demorei 1 hora e 15 minutos numa viagem entre Braga e Guimarães. São vinte e poucos quilómetros.

Rodrigo Leão - Voltar

Gatafunhos

Ultimamente tenho andado com um sono muito higiénico (deitar cedo e cedo erguer) e por vezes aproveito para dar uma voltinha aqui pelo bairro, visitando uma pequena zona verde que me atrai pela existência de patos, porquinhos da Índia, cágados e dois animados casais de galos e galinhas.
Há dias, quando estava a observar a disputa sexual entre dois galos (aquilo ainda vai dar homicídio com direito a um lacrimejante tempo de antena no Fátima Lopes), reparei que um dos muros de uma habitação próxima estava decorado com um foleiro e poluente tag, uma assinatura em graffiti.
Não tenho nada contra os graffitis, muito pelo contrário, até acho piada se forem artísticos (conceito subjectivo). Agora estes gatafunhos, estas pseudo assinaturas de uns zés de boné com problemas de acne, que ouvem 50 Cent enquanto visionam os Morangos com Açúcar, que nunca fizeram um desenho de jeito na escola (se é que lá fazem alguma coisa)... enjoam-me o olhar. Se fossem artistas (mais um conceito subjectivo) não se limitavam a fazer apenas um tag ou rabisco preto para afirmar a sua presença, puxavam pela criatividade. São apenas poluição visual como os cartazes de touradas ou dos partidos políticos. Ninguém olha para aquilo!

Nota:
Reparem nos seguintes termos e expressões do texto: zés de boné; problemas de acne; ouvem 50 Cent; visionam Morangos com Açúcar; se é que lá fazem alguma coisa.
Criei/descrevi o esterótipo de um jovem adolescente seboso, mentalmente pobre e vítima do efeito gado.
Não acredito em estereótipos mas adoro criá-los.

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Notas fitness

Fruto da minha luta para alcançar a beleza da metrossexualidade, as minhas últimas idas ao ginásio permitiram tirar as seguintes ilações:

- Não fazer remo com boxers largos (lembrei-me logo do pobre coitado da torção testicular que vi numas urgências);
- A utilização do leitor de mp3 é recomendada para evitar o sufoco da música de dança reinante, para além de ajudar a ultrapassar as secantes maratonas nas máquinas de cárdio;
- Ao escolher a máquina de cárdio, verificar se não vamos ficar entre uma menina jeitosa ou exibicionista e um jovem de olhar sedento. Corre-se o risco de ficar sob o fogo cerrado do micanço e de uns bafos cheirosos;
- Sempre que passar à nossa frente um gajo grandalhão todo musculado deve-se pensar: "Tirei melhores notas do que ele na escola".

quarta-feira, 11 de abril de 2007

BTT - alguém ajuda?

A polícia ja me avisou que andar a rasgar cartazes de touradas e do PP (a presença das duas expressões na mesma frase foi uma mera COINCIDÊNCIA) não é um desporto. Sendo assim, estou interessado em adquirir uma BTT para gastar a energia de um modo alternativo e retomar o hábito das bikes da minha infância. Como estou pouco ao corrente dos actuais preços, modelos, peças e marcas, se alguém quiser deixar aqui umas dicas a um jovem que pretende dar uns passeios ao domingo e fins de tarde, façam o obséquio. Faço notar que o objectivo não é a prática radical e competitiva, pois só pretendo morrer ao vinte sete anos e meio, mas antes umas voltas por estradas, circuitos e florestas num espírito terapêutico para descompressão da violência da nossa sociedade opressora, neoliberal, metrossexual e vampiresca.

Mister providencial

Ainda na ressaca da vitória de Salazar naquela tristeza de programa televisivo, Pacheco Pereira referiu na Quadratura do Círculo que em Portugal ainda há traços do período da outra senhora. Deu o exemplo do consensualismo existente na crítica literária, onde ninguém é capaz de dizer mal de um livro do Saramago ou da Agustina. Não vou discutir esta opinião mas facilmente encontro outro vestígio salazarista na nossa sociedade: a necessidade de um homem providencial, autoritário e mau para liderar as hostes.
Vejamos o caso desses peritos em gestão de recursos humanos, os treinadores de futebol. Scolari e Mourinho são dois exemplos de treinadores de sucesso que são o típico homem providencial. Fazem cara feia, mostram quem manda, não estão com salamaleques e têm os respectivos jogadores, imprensa (nacional) e público nas mãos. Lembram-se do Maniche que só rendeu com os dois treinadores atrás citados? É a imagem da orfandade e carência desta tipo de homens. Tal como o povo, os jogadores lusos gostam de pais tiranos e não de treinadores educados e democráticos. Basta relembrar o insucesso dos simpáticos e educados Queiróz no Sporting, o Víctor Fernadez no FCP ou do injinheiro Fernando Santos.

O nosso povo não vai lá com "se faz favor" e "obrigados".

domingo, 1 de abril de 2007

Leitura recomendada

Hoje já vou encher o depósito de gasolina. Espreitem o post "Estados Unidos poderão lançar ataque contra Irão início de Abril" no blog Da Rússia de José Milhazes.