quarta-feira, 18 de abril de 2007

Ser ou não ser injinheiro

Hoje em conversa com uns colegas de trabalho abordámos uma bela teoria da conspiração sobre o caso que abala o nosso PM. Será que está a ser uma vingança do, também engenheiro, Belmiro de Azevedo pelo voto contra da Caixa Geral de Depósitos na decisão sobre a OPA à PT? Um dos principais impulsionadores desta polémica tem sido o jornal Público que é propriedade de...
Teorias...

A propósito do título de engenheiro surge-me uma reflexão.
Respeito e reconheço o valor das ordens profissionais na defesa dos interesses dos seus membros. Todavia, não posso deixar de lhes vislumbrar fortes traços corporativistas.
Segundo as regras lusas, só é engenheiro quem for licenciado em engenharia num curso reconhecido pela respectiva ordem ou se prestar prova de admissão à mesma. Logo, todos os bacharéis de engenharia ou em universidades que não preencham os requisitos (ter não sei quantos professores doutorados, etc.) são engenheiros técnicos ou licenciados em engenharia respectivamente. Ora, como se verificou com o nosso PM, neste país provinciano onde o grau de doutor ou de engenheiro confere favores, privilégios, descontos e acesso a famílias de bem, temos um caso bicudo com a perspectiva de uma desclassificação profissional em massa. Inclusivamente, já estou a pensar em pedir a carteira profissional a todas as pessoas que conheço/ trato como engenheiro. Não quero ser aldrabado.

A minha pessoa não concorda com esta imposição da ordem dos injinheiros. Na opinião deste doutor (ou sótôr), os cursos de engenharia deveriam formar imediatamente engenheiros, cabendo ao Ministério do Ensino Superior a capacidade de avaliar e certificar as habilitações dos alunos e a qualidade dos cursos ministrados.

É por causa destas atitudes corporativas que temos em Portugal engenheiros de leste (com óptima formação) a trabalhar na obras. Como trolhas claro está!

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