Há umas semanas atrás, na manhã de um belo Sábado, dirigi-me a um hipermercado da Veneza de Portugal (aka Aveiro, aka primeira cidade portuguesa a desaparecer com o degelo) para adquirir alguns bens de primeira necessidade (reparem no tom miserabilista próprio de um trabalhador parasitado por este governo).
Na secante fila da caixa, enquanto uma senhora acompanhada pelo pequeno filho pagava, eu e a mochita íamos gozando com as revistas do mundo cor de rosa até que ouvimos a funcionária dizer:
- Desculpe mas não pesou ... (um legume ou fruto qualquer). Tem de ir à secção pesar.
- Ai não sabia. Eu já volto. - respondeu a surpreendida senhora.
Claro que eu e a mochita lá fizémos umas belas caras de frete devido à espera que se avizinhava. Para matar o tempo iniciámos um profícuo diálogo sobre o procedimento de pesagem que se resumiu a: "Era melhor pesar na caixa!"
Passaram alguns segundos, o diálogo prosseguia, o Joe Berardo enriquecia, até que a minha mente inquieta foi assaltada por uma interrogação: "então a mulher não tinha um puto?" Rodo a cabeça e reparo que o miúdo, com uns 5 anitos, estava entretido a brincar com um carrinho na caixa ao lado. A mãe tinha saído disparada esquecendo-se do rebento que, completamente distraído, nem se apercebeu da ausência materna. Passei a controlá-lo para ver o que acontecia. E tal como previa, rapidamente deu pela falta da mãe, olhando para todos os lados e saindo disparado pela zona comercial à sua procura.
Antes que a coisa desse para o torto, engatei um andar apressado (estão a ver o mauzão do Terminator 2?) para o alcançar.
- Estás à procura da tua mãe? - perguntei rezando para que ninguém ouvisse a conversa e pensasse que eu era algum pedófilo à caça (um gajo ouve tanta coisa que começa a ficar com bichinhos) - Anda comigo que ela já vem.
E lá levei o puto para a caixa onde continuou a brincar com o seu carro. A mãe chegou, pagou e foi-se embora com o filho.
Claro que não ouvi um obrigado pois a senhora nem se apercebeu do que acontecera.
Agora imaginem se eu era um senhor daqueles que gostam de oferecer xicolates e ténis Nike a meninos indefesos...
Na secante fila da caixa, enquanto uma senhora acompanhada pelo pequeno filho pagava, eu e a mochita íamos gozando com as revistas do mundo cor de rosa até que ouvimos a funcionária dizer:
- Desculpe mas não pesou ... (um legume ou fruto qualquer). Tem de ir à secção pesar.
- Ai não sabia. Eu já volto. - respondeu a surpreendida senhora.
Claro que eu e a mochita lá fizémos umas belas caras de frete devido à espera que se avizinhava. Para matar o tempo iniciámos um profícuo diálogo sobre o procedimento de pesagem que se resumiu a: "Era melhor pesar na caixa!"
Passaram alguns segundos, o diálogo prosseguia, o Joe Berardo enriquecia, até que a minha mente inquieta foi assaltada por uma interrogação: "então a mulher não tinha um puto?" Rodo a cabeça e reparo que o miúdo, com uns 5 anitos, estava entretido a brincar com um carrinho na caixa ao lado. A mãe tinha saído disparada esquecendo-se do rebento que, completamente distraído, nem se apercebeu da ausência materna. Passei a controlá-lo para ver o que acontecia. E tal como previa, rapidamente deu pela falta da mãe, olhando para todos os lados e saindo disparado pela zona comercial à sua procura.
Antes que a coisa desse para o torto, engatei um andar apressado (estão a ver o mauzão do Terminator 2?) para o alcançar.
- Estás à procura da tua mãe? - perguntei rezando para que ninguém ouvisse a conversa e pensasse que eu era algum pedófilo à caça (um gajo ouve tanta coisa que começa a ficar com bichinhos) - Anda comigo que ela já vem.
E lá levei o puto para a caixa onde continuou a brincar com o seu carro. A mãe chegou, pagou e foi-se embora com o filho.
Claro que não ouvi um obrigado pois a senhora nem se apercebeu do que acontecera.
Agora imaginem se eu era um senhor daqueles que gostam de oferecer xicolates e ténis Nike a meninos indefesos...
8 comentários:
Mas que futuro tão pessimista para a cidade de Aveiro! Mas se isso acontecer lembra-me para ir aí buscar o que tenho e trazer para o conforto de matosinhos city :-D
Quanto à história... enfim, custa-me acreditar que a mulher tenha arrancado sem pensar no filho, ainda por cima com estas histórias de pedofilia a abrir constantemente os telejornais.
Mas hoje em dia temos de ter cuidado, não vá um acto nosso para com apequenada ser mal-entendido! :-D
Beijocas
Matosinhos também não escapará muito mais ;)
Bem em relação à história, pelo que me apercebi, a mulher ficou meia atarantada com a missão de pesar os produtos. Não disse nada ao miúdo, nem a funcionária nem a nós. Coisas que acotnecem...
Pois é, hoje em dia temos de ter cuidado. Eu até já tenho medo de por a língua de fora aos babies.
Tem piada porque quando me vêem já não é a primeira vez que sentem um fascínio pela minha barba hehehe.
lolol história muito bem contada :)
yah qq dia já ninguem deixa os putos sentarem-se no colo do pai natal
hey os bebes tb olham fixamente para mim e n é pela barba...i hope :)
Deeeeeetails.
Por acaso ando um bocado desconfiado do Pai Natal.
Epá são situações do momento e apesar de achar que a senhora foi negligente com o miudo, achoq ue é uma coisa possivel de acontecer à maioria de nós. Somos humanos, erramos, somos distraidos, esquecemo-nos de coisas importantes... e ninguém merece pagar estes erros com perda de um filho. Ainda bem que estavam lá pessoas de bem. Bem hajam!
Pessoas de bem? Quem? Eu?
Mas é verdade, quem nunca facilitou certo?
Post fantástico. Bela descrição da história. :)
Deeeeeetails
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