domingo, 13 de agosto de 2006

Os filmes continuam

O dono do meu clube vídeo deve gostar muito de me ter como cliente.
Eis os últimos filmes que vi:

Herói (Ying xiong) é uma obra de Yimou Zhang (o mesmo director d'O Segredo dos Punhais Voadores), com Jet Li no principal papel. Surpreendeu-me. Como já tinha visto O Segredo dos Punhais Voadores, contava encontrar cenários, coreografias e um guarda-roupa excepcionais, o que se confirmou. Para além disto, a fotografia do filme é deveras impressionante. Todavia, o ponto forte é a criatividade e originalidade do seu argumento, a fazer lembrar os filmes de Tarantino. Confesso que o meu preconceito contra Jet Li, considerando-o mais um"gajo que faz simples filmes de porrada", está a esbater-se depois de ter visto o Herói e Danny the Dog.
Este filme prende o interesse até ao final. Recomendo-o vivamente.

Last Days é a recriação de Gus Van Sant dos últimos dias Kurt Cobain, vocalista dos Nirvana que supostamente se terá suicidado em 1994 (há quem diga que foi a Courtney Love que lhe fez a cama). Quem procurar animação e entretenimento é melhor colocar de lado este filme. O argumento é conhecido e os diálogos são escassos. O seu ponto forte, para além da performance de Michael Pitt, é a possibilidade de observar e interpretar o fim da vida de Kurt, segundo a perspectiva artística de um excelente cineasta como Gus Van Sant. Muito bem realizado.

Oliver Twist, é um filme realizado por Roman Polanski, adaptando o famoso conto de Charles Dickens. A história é boa mas bem conhecida, o que limita o efeito surpresa. Polanski, como bom realizador que é, levou a cabo uma boa adaptação, na qual interessantes interpretações se explanam num óptimo trabalho cénico. De salientar que, finalmente, pude ver o Ben Kingsley a mostrar versatilidade, num papel que não o de homem sério. Talvez o filme seja um pouco violento para crianças, com enforcamentos e espancamentos, mas julgo que Polanski não o realizou a pensar nelas (digo isto porque hoje é só flores de estufa, eu com 10 anos já tinha visto os Pesadelo em Elm Street).

Azumi e Azumi 2. Normalmente, não sou grande entusiasta de sequelas pois, salvo algumas excepções, o primeiro é sempre muito melhor do que os sucessores. Contudo, como vi Azumi e considerei-me agradavelmente entretido, resolvi apostar no seguinte. Não me arrependi, uma vez que Azumi 2 é sobretudo uma continuação e não um novo episódio.
Estes filmes, contam a história de Azumi, uma orfã que é educada para ser uma assassina que terá como missão eliminar os senhores da guerra responsáveis pelo conflito que assola e divide o Japão.
Estes filmes não apresentam uma verdadeira novidade, sendo o enredo algo linear e previsível. Porém, são constituídos por personagens interessantes e bem construídas (ninjas, assassinos, samurais, etc...), que participam em animados e artísticos combates. Tal como todos os heróis, Azumi nas suas aventuras sofre também de dilemas pessoais que, de certo modo, enriquecem a personagem e a história. Gosto da estética que os japoneses aplicam no elaborar dos personagens.
Lembram-se da louca Gogo do Kill Bill Vol.1? Ela entra no Azumi 2.

1 comentário:

Anónimo disse...

Para quando um comentário a "Miami Vice"?