Após o comentário "relembrador" da Catarina e na linha do post em referi sete casos factuais da minha vida em resposta a um desafio da Blondie, irei agora, findos os prazos de prescrição, referir alguns pontos negros cujo conhecimento irá destruir definitivamente a minha imagem de genro ideal e de menino de coro dedicado aos estudos.
Quando era miúdo o telefone exercia um grande fascínio sobre a minha pessoa. Mais do que um meio de comunicação surgia-me como um instrumento de traquinice seguro já que ocultava a minha identidade (claro que hoje com o RDIS a coisa seria diferente). Mas como indivíduo profundamente doente que era, as minhas brincadeiras não se limitavam a telefonar para senhoras dizendo "és toda boa" ou um canibalesco "comia-te toda". O FL (pareço um jogador de futebol a falar na 3ª pessoa) sentia a necessidade de algo mais artístico do que um simples insulto ou um hormonal piropo.
O primeiro e mais elaborado caso que vos exponho ocorreu durante os meus 11 anos, numa altura em que a televisão ainda só tinha dois canais. Escolhi uma loja de roupa de Aveiro, seleccionei números e pessoas da lista telefónica, escrevi um textinho e por várias vezes deu-se-se algo do género:
FL: Bom dia!
Vítima: Bom dia.
Fl: Estou a falar com o senhor A.?
Vítima: Sim.
FL: Daqui fala da loja X em Aveiro. O senhor conhece?
Vítima: Sim. (Alguns não conheciam obrigando-me a um enfadonho processo de descrição e localização)
FL: Olhe, nós estamos a realizar um sorteio aqui na loja e o senhor é um dos vencedores (tinha 11 anos ainda não usava a expressão contemplado). Estamos a escolher nomes ao acaso da lista telefónica e a oferecer um vale de 20 contos em compras na nossa loja. Está interessado?
Vítima: Sim, claro.
FL: Então só tem de se deslocar à nossa loja e identificar-se para receber o vale.
Víima: OK.
FL: Então bom dia.
A conversa seria mais ou menos esta. Nem sempre era bem sucedido, muitas vezes pr incapacidade de conter o riso. Passados uns dias telefonava novamente à vítima a perguntar se tinha gostado do vale. O artista aprecia saber o impacto da sua obra.
Obviamente que rapidamente abandonei a brincadeira. Hoje não o faria e espero não ter prejudicado as vítimas e a dita loja.
Juventude... Uns metem-se na droga, outros são escuteiros...
Quando era miúdo o telefone exercia um grande fascínio sobre a minha pessoa. Mais do que um meio de comunicação surgia-me como um instrumento de traquinice seguro já que ocultava a minha identidade (claro que hoje com o RDIS a coisa seria diferente). Mas como indivíduo profundamente doente que era, as minhas brincadeiras não se limitavam a telefonar para senhoras dizendo "és toda boa" ou um canibalesco "comia-te toda". O FL (pareço um jogador de futebol a falar na 3ª pessoa) sentia a necessidade de algo mais artístico do que um simples insulto ou um hormonal piropo.
O primeiro e mais elaborado caso que vos exponho ocorreu durante os meus 11 anos, numa altura em que a televisão ainda só tinha dois canais. Escolhi uma loja de roupa de Aveiro, seleccionei números e pessoas da lista telefónica, escrevi um textinho e por várias vezes deu-se-se algo do género:
FL: Bom dia!
Vítima: Bom dia.
Fl: Estou a falar com o senhor A.?
Vítima: Sim.
FL: Daqui fala da loja X em Aveiro. O senhor conhece?
Vítima: Sim. (Alguns não conheciam obrigando-me a um enfadonho processo de descrição e localização)
FL: Olhe, nós estamos a realizar um sorteio aqui na loja e o senhor é um dos vencedores (tinha 11 anos ainda não usava a expressão contemplado). Estamos a escolher nomes ao acaso da lista telefónica e a oferecer um vale de 20 contos em compras na nossa loja. Está interessado?
Vítima: Sim, claro.
FL: Então só tem de se deslocar à nossa loja e identificar-se para receber o vale.
Víima: OK.
FL: Então bom dia.
A conversa seria mais ou menos esta. Nem sempre era bem sucedido, muitas vezes pr incapacidade de conter o riso. Passados uns dias telefonava novamente à vítima a perguntar se tinha gostado do vale. O artista aprecia saber o impacto da sua obra.
Obviamente que rapidamente abandonei a brincadeira. Hoje não o faria e espero não ter prejudicado as vítimas e a dita loja.
Juventude... Uns metem-se na droga, outros são escuteiros...