sábado, 30 de setembro de 2006

World Press Photo of the Year 2003


World Press Photo of the Year 2003
Autor: Jean-Marc Bouju, France, The Associated Press
An Najaf, Iraq, 31 March 2003. Iraqi man comforts his son at a holding center for prisoners of war.
Working quickly and discreetly, Bouju couldn't help thinking about his own child, and how it would be if the roles were reversed.

Esta é das minhas favoritas.
A exposição está patente no Centro Cultural de Belém a partir de hoje. Depois de 29 de Outubro estará no Forúm da Maia.

quinta-feira, 28 de setembro de 2006

Fernanda Gomes

Aconselho a ir ver e experimentar a exposição da brasileira Fernanda Gomes em Serralves.

Eis o texto que a apresenta na página de Serralves:
"No seu trabalho, reutiliza frequentemente objectos encontrados, os quais recicla e transforma de modo a reconstruir com eles uma tão subtil quanto muitas vezes invisível e transparente arquitectura dos espaços. A artista reinventa objectos existentes de modo a estabelecer relações com o local onde os apresenta e com outros objectos próximos, trabalhando as suas formas num desafio à memória individual e à imaginação. Os objectos, cuidadosamente situados, são individualmente tão importantes como o todo da exposição. Ao tecer uma rede poética e estética de objectos e situações para os visitantes descobrirem, Gomes recupera materiais prosaicos e ignorados, na tradição de Lygia Clark, Hélio Oiticica e Artur Barrio. Para a sua exposição no Museu de Serralves, Fernanda Gomes desenvolverá um novo projecto no qual integrará várias obras anteriormente realizadas, trabalhando em simultâneo a relação da arquitectura interior das galerias do Museu com o espaço exterior do Parque que o circunda."

Algumas imagens da sua exposição na Baumgartner Gallery :
Devido à natureza dos objectos utilizados e à sua relação com o local de exposição, numa primeira fase questionamos: "Deixaram um papel no meio das escadas... Ah!Será que esta pedra faz parte? E aquele copo no meio do jardim?" Continuamos à descoberta até que cada movimento nosso tem de ser exacto para não derrubar os fios, os cubos de vidro, as pedras... às tantas estamos cercados e não queremos dar o mau aspecto de danificar a obra de arte. Já em lugar seguro, com olhar veterano observa-se a reacção dos outros. O espectador torna-se parte da obra.

Popó verde

Como qualquer bom e informado cidadão do nosso tempo, os problemas ecológicos afligem-me bastante.
Há uns dias, ia na A25 e um carro, depois de me ultrapassar, começou a despejar uma quantidade de papéis e plásticos pelas janelas. Caiu sobre mim uma vontade justiceira de o perseguir e repreender os seus ocupantes pelo nojento acto. Depois lembrei-me que tenho um poupadinho e amigo do ambiente Opel Corsa ECO, com apenas mil de cilindrada. Vítima da minha coerência!

Gnarls Barkley

O conceito deste vídeo está excelente.

quarta-feira, 27 de setembro de 2006

Liga dos Últimos

"Liga dos Últimos", às quartas, cerca das 22.30 na RTPN. Um programa supostamente sobre desporto que nos leva ao Portugal profundo, sempre com humor.

segunda-feira, 25 de setembro de 2006

Yoga


Há dias, descobri que o deputado monárquico Nuno da Câmara Pereira fez uma proposta na Assembleia da Républica para a criação do dia nacional do Yoga. Isto relembrou-me uma história curiosa.
No ano passado, o ginásio que frequento implementou um sistema de controlo de entrada nas suas instalações. Colocou uma cancela (tipo metro de Lisboa) na entrada e forneceu aos clientes um porta-chaves com um chip que permitia a abertura da passagem. Com este sistema, para além de ser uma segurança contra estranhos, passaram a poder entrar apenas os utentes com os pagamentos regularizados.
Nessa altura, falei com uma outra utente sobre a novidade, tendo ela dito:
- Sabes a razão da instalação da cancela?
- Segurança? - respondi.
-Não. Há dias estávamos na aula de Yoga e a instrutora começou a fazer a chamada. Nós estranhámos e até perguntámos o porquê da situação. Ficámos a saber que andava pessoal a frequentar as aulas de Yoga e de outras modalidades sem ser cliente do ginásio. - informou.

Ora, parece-me que há aqui uma contradição. Então o Yoga não tem como objectivo trabalhar o corpo e a MENTE? Ajudar a alcançar a calma, o controlo, o bem-estar, a paz de espírito.
Quer dizer? Estão a ver? Procuram isto e depois andam ali assim?! A carteira deles é que faz um bom Yoga. É preciso ter lata.

Somente dois

Na passada quarta-feria, no programa "Clube dos Jornalistas" da 2, debateu-se o encerramento do Independente, estando presente Inês Serra Lopes.
Achei um debate bastante lúcido, onde se abordou o percurso do jornal, o projecto político conservador que esteve na sua génese, o importante papel de Miguel Esteves Cardoso e de Paulo Portas (dois crâneos que dinamizaram o jornal mas que no papel de jornalistas eram crianças reguilas com gravadores na mão), a associação entre fim do cavaquismo e declínio do semanário, e até os processos judiciais com Pinto da Costa.
Pelo meio, surgiu uma declaração gravada de José António Saraiva, pessoa que, enquanto director do Expresso, sofreu a concorrência do Independente. Ao apresentar a justificação para o fim do jornal, não esteve com rodeios, deixando claro que se tratava de um acto de inteligência por parte do Independente, uma vez que com o surgimento do Sol, deixaria de ter espaço no mercado português. Salientou que em Portugual apenas há espaço para dois semanários fortes, tal como só existem dois canais de televisão ou dois jornais diários fortes (será que contou com o 24 Horas?)

Será que Portugal está confinado aos duos? Pelo menos Paulo Portas provou recentemente que no governo também pode haver espaço para um pequeno terceiro, para além da habitual rotatividade PS/PSD.

quinta-feira, 21 de setembro de 2006

World Press Photo of the Year 2004

World Press Photo of the Year 2004
Autor: Arko Datta, India, Reuters
Woman mourns relative killed in tsunami, Cuddalore, India, Tamil Nadu, 28 December 2004
Datta had to shoot fast, before they took the bloated body away. He felt that its gruesomeness would've distracted too much from the grieving subject of the picture, so he decided just to include the hand.

Eagles of Death Metal

Eagles of Death Metal lançaram recentemente o seu segundo álbum, "Death by sexy". Eis o vídeo do primeiro single "I want you so hard".

segunda-feira, 18 de setembro de 2006

Fretes

Hoje vi Luís Filipe Borges (apresentador do programa "A revolta dos pastéis de nata") num daqueles concursos das tardes da RTP1. Em vez de concorrentes normais, convidaram "celebridades" para uma edição especial uma vez que o concurso estava a estrear uma nova apresentadora, destinando-se os prémios para a AMI. Não deixando de reconhecer o bonito gesto, considero que estas iniciativas têm como principal função promover os programas em questão. Fiquei surpreendido por ali ver um deslocado Luís Filipe Borges. Notei um enorme ar de frete (diga-se que só vi o início, podendo depois ele ter entrado no espírito da coisa), apesar de não perder a oportunidade para anunciar a segunda edição do seu livro. Por um lado, faz bem em promover o seu livro e por outro, certamente que no seu contrato estão previstas umas perninhas noutros programas. Também para andar a enfardar pastéis de borla há que fazer alguns sacrifícios, não chega ser bom comunicador e ter piada (o homem tem jeito).
Mas o caso de promoção mais enjoativo na RTP é o que fazem com os elementos do "Gato Fedorento". Paus para toda a obra, até já puseram um a dançar naquela aberração de desperdício de dinheiros públicos.

Ontem, enquanto fazia um zapping (estava à espera de ver o resumo do Beira-Mar), constatei que o Herman José ainda tem o seu programa na SIC. E quem estava a ser entrevistado? Henrique Monteiro, director do Expresso. Como é sabido, o Expresso pertence ao mesmo grupo económico da Sic, e num fim-de-semana onde passou a ter concorrência com o surgimento do Sol, lá se fez mais um frete propagandístico. Do pouco que ouvi, a conversa mostrou uma pobreza extrema, para "encher chouriços", com Henrique Monteiro a soltar lugares comuns e frases vazias.
Sou um admirador do trabalho de Herman José enquanto comediante, recordando com saudade a "Herman Enciclopédia" ou "O Tal Canal", entre outros. Ultimamente, parece-me que perdeu o gosto, limitando-se a fazer os fretes para a promoção da sua estação televisiva ou autênticas entrevistas de desagravo com personalidades envolvidas em polémicas.

São as lides televisivas.

domingo, 17 de setembro de 2006

Ainda as citações do Papa

Tenho lido interessantes comentários sobre a situação protagonizada pelo Papa, que me levaram a escrever alguns comentários nos respectivos blogs.
Como contém alguns elementos que elucidam a minha posição sobre esta matéria, julgo pertinente colocá-los neste blog.

Comentário que coloquei no blog "Povo de Bahá" de Marco Oliveira, em 16 de Setembro:

"Eu lamento profundamente estes episódios que, como referes, põe em causa o diálogo inter-religioso pois considero que as religiões um enorme potencial de união. Quando se dá um ataque terrorista, quando foi o episódio das caricaturas ou quando são exibidas manifestações na Palestina, por vezes ouço coisas como: "Era deixá-los matarem-se uns aos outros", "Estes não têm remédio", "Era pôr ali uma bomba". Obviamente que reprovo este tipo de comentários mas entendo-os como resultado de ignorância ou de raciocínios simplistas. A verdade é que são sinais de afastamento.
Não sendo uma pessoa religiosa, acredito profundamente que as religiões podem ser usadas para a aproximação entre os povos, através do enaltecer do que lhes é comum: paz, amor, alegria, amizade...
Posso estar a ser pessimista mas, quando na Palestina alguém morre devido a um bombardeamento, muitos pensarão: "ah, lá estão aqueles muçulmanos a ser bombardeados, já estão habituados... terrorismo e tal..." Estas conflitualidade e violência estão tão banalizadas que nos esquecemos que do outro lado estão homens e mulheres que, antes de serem muçulmanos (ou cristãos, judeus, etc.), têm sonhos, aspirações, alegrias, tristezas, famílias, uma casa, um negócio, uma profissão, estudam, pessoas que choram nos funerais e que riem nos casamentos.
Seremos assim tão diferentes? Ou muitas vezes nós (e eles) classificamos o todo por causa de uma parte?"

Comentário que coloquei no blog "Bolotas e chaparros" de Didi, a 17 de Setembro:

"É óbvio que Ratzinger apenas citou e fê-lo num contexto, mas foi ingénuo ao não prever a utilização deturpada das suas palavras por parte dos líderes fundamentalistas e dos belos governantes que estão à frente de certos países de de maioria islâmica.Depois há sempre o cruel vector da comunicação. Tal como nós muitas vez só lemos as "gordas" dos jornais, os muçulmanos ouviram só a parte que mais interessante.
Não proferiu palavras insultuosas nem diminuiu o Islão, mas, como figura de alta resposabilidade no mundo actual, poderia ter tido mais tacto num período conflituoso em que as religiões são instrumentalizadas como armas de arremesso.
Eu tenho a esperança que estas manifestações de ódio que nos são dadas a observar são expressões de minorias incitadas por fundamentalistas. Por outro lado, apesar de não ser um profundo conhecedor destas culturas, penso que este fundamentalismo surge no seio de populações martirizadas por conflitos, por situações de miséria ou por líderes políticos corruptos (vejamos o caso dos Palestinianos).
Concordo contigo quando referes que o mundo ocidental não se pode deixar intimidar. Há que ter uma postura cordial de diálogo mas sem um exarcebado politicamente correcto. Ser tolerante e procurar o diálogo não pode siginifcar pedir desculpa por tudo o que acontece de mal no mundo.
Quanto aos momentos tenebrosos do Catolicismo no passado, sempre me perguntei durante quanto tempo tem uma religião, nação ou instituição de pedir desculpa ou ser condenada pelo que fez. Não estou a defender a Igreja Católica nem a discordar da tua afirmação. Sinceramente, é uma questão para a qual não tenho resposta. Suspeito que a reposta não possa ser dada em número de anos."

sábado, 16 de setembro de 2006

Crescer com o sucesso


Foi impressão minha ou nas aparições públicas, após a assinatura do pacto com o PS para a reforma da justiça, Marques Mendes até parecia mais alto?

sexta-feira, 15 de setembro de 2006

Ai Papa Papa

Então parece que temos mais um episódio a agravar a tensão entre Ocidente e Mundo Islâmico. Quando ouvi a notícias, e perdoem-me os católicos, pensei: "Este também já está xéxé?"
As suas palavras mostram uma falta de tacto evidente ou então pensou que estava off the record, como o outro há uns anos.
Na minha ingénua opinião, Ratzinger não quis ofender. Ao falar sobre a utilização da violência para fins religiosos, apenas citou uma conversa entre o imperador bizantino Manuel II Paleólogo e um sábio persa muçulmano na qual se debatia a mensagem de Maomé de apelo à violência para defender os interesses da religião.
Resultado: simplifica-se a coisa, mostra-se Ratzinger somente a proferir as palavras polémicas e os líderes religiosos fanáticos e uns governantes corruptos aproveitam para o fazer o seu arraial nesse fértil terreno que são as populações muçulmanas martirizadas pela guerra e pela miséria. Claro que há aqueles que não estão nestas situações e também aderem ao apetecido arraial. Contudo, estes ou são ignorantes ou gostam é de arraiais bem grandes.
Curiosamente, e para provar que felizmente as coisas não são pretas nem brancas, li duas interessantes reacções no Público:

«Renzo Guolo, sociólogo italiano das religiões, opina hoje no jornal “La Repubblica” que “ao falar do profeta Maomé e do Corão, Bento XVI, de facto, violou um tabu”.

“As religiões podem falar entre elas de ética, de paz, de família ou da secularização contra a qual querem fazer frente, mas nunca dos seus dogmas ou textos sagrados”, sob pena de provocar “uma imediata reflexão sobre a identidade”, escreve.

Já o intelectual de origem egípcia, Magdi Allam, escreve no “Corriere della Sera” – do qual é vice-director – que o Papa, ao invocar a jihad, apenas vem lembrar verdades históricas. A reacção dos muçulmanos é “desoladora e preocupante” e revela que a fé muçulmana foi “transformada por extremistas numa ideologia”.»

quinta-feira, 14 de setembro de 2006

Casa da Música


Quando puderem, sugiro que façam uma visita guiada à Casa da Música. Deve ser bastante proveitoso para pessoas com conhecimentos em arquitectura, engenharia civil e engenharia dos materiais. Somente dois euros (temos de ajudar a pagar os custos não?).
Sabiam que daqui a 25 anos o edifício irá ter outra cor? Parece que o betão utilizado, ao estar exposto ao meio ambiente, irá progressivamente mudar de cor até esta se assemelhar à da pedra (originária da Jordânia) utilizada no pavimento exterior. Ainda há coisas que me surpreendem e já tenho a escola toda! (achava um piadão a esta expressão utilizada num anúncio para promover a escolaridade até ao nono ano)

The Mars Volta

A banda The Mars Volta lançou esta semana o seu último trabalho "Amputechture". Como já é costume, grande som!
Aqui fica um excerto do tema Meccamputechture (o vídeo não é oficial).

quarta-feira, 13 de setembro de 2006

Jornais desportivos

Nos últimos dias, têm vindo a ser trazidos a público novos casos de tráfico de influências no futebol português com a transcrição de escutas telefónicas. Até aqui nada de novo, basta acompanhar o futebol luso ou ouvir alguns dos seus dirigentes para perceber a podridão reinante. O que há a realçar é o facto destas notícias serem divulgadas por publicações generalistas, Público e DN, à semelhança do que já acontecera quando surgiu o Apito Dourado. Por um lado, esta aposta nos temas deportivos é compreensível dado o seu sucesso comercial. Mas por outro, é impossível não me interrogar sobre o papel dos jornais desportivos uma vez que parecem querer alhear-se disto tudo. Não me recordo de ver um jornal desportivo a trazer algo de novo ao processo.
Será que não fazem jornalismo de investigação? Ou não lhes interessa incomodar certas pessoas? Julgo que a segunda é a resposta correcta. Imaginem A Bola a publicar as transcrições do presidente do Benfica a discutir árbitros. Tão cedo, o jornal não teria entrevistas exclusivas com os jogadores do clube ou dicas frescas sobre as transferências.
Num debate no Clube dos Jornalistas, Rui Cartaxana, antigo director do Record, referiu que, há uns anos, Pinto da Costa lhe tinha indicado quais os jornalistas que pretendia para fazer as reportagens dos jogos do Porto, pois encontrava-se desagradado com algumas coisas que lera.
Na tentativa de estar nas boas graças dos clubes, os jornais desportivos adoptam uma postura subserviente, evitando levantar ondas, garantido as notícias fresquinhas, agradáveis e consensuais aos seus fiéis leitores.
Observemos o comportamento de Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica. Quando confrontado com uma pergunta um pouquinho incómoda, faz logo uma cara de dama católica ofendida, dizendo como quem fala para um empregado "não estou aqui para falar disso", "sempre essas questões". Contudo, esta atitude de desprezo é logo esquecida quando já precisa da comunicação social para promover o kit de sócio. Infelizmente do outro lado não está ninguém para lhe dizer "já não temos pachorra para isso".

domingo, 10 de setembro de 2006

A bola nacional

"Quem só fala dos escândalos dos futebóis
é porque não tem nada para fazer debaixo dos lençóis."

José Esteves, Herman Enciclopédia

Maria Sharapova

Maria Sharapova acaba de vencer o Open dos Estados Unidos, derrotando por um duplo 6-4 a belga Justine Henin-Hardenne.
Esta tenista é um verdadeiro exemplo do sonho americano. Após partir, ainda muito nova, de uma cidade no meio da Sibéria para os Estados Unidos, matriculou-se numa das melhores academias americanas, tendo o seu pai trabalhado na construção civil para sustentar a sua formação.
Actualmente com apenas 19 anos, venceu o seu 2º torneio do Grand Slam (já havia vencido Wimbledon em 2004), afirmando-se como uma tenista de top, tecnicamente evoluída, com uma capacidade física notável (capaz de servir consecutivamente a mais de 180 km/h), revelando altos níveis de determinação e concentração para a idade. A juntar a isto, diga-se que é notória a margem de progressão que ainda tem.
Sharapova é considerada a desportista mais famosa do planeta nos dias de hoje. A isto não será alheia a sua beleza e figura elegante que fazem as delícias das marcas e dos fãs. Diga-se que apresentou-se esta noite em campo com um autêntico vestido de noite da Nike e antes de receber o prémio, usou o seu telemóvel Motorola e colocou o seu relógio Tag Heur. Mas como referiu o comentador, o desporto precisa destas figuras. Todavia, é a 4ª jogadora do ranking o que prova o seu valor e já é uma das minhas preferidas, atrás da Justine até ver.
Ah, esta noite a rapariga ganhou 1 milhão e 700 mil dólares (se a isto juntarem os patrocínios...).

sábado, 9 de setembro de 2006

The Black Beast

Amorosa não? Esta gatinha chama-se Tika e foi acolhida aqui em casa. Inicialmente, tudo correu bem, sempre muito meiguinha, bem comportada e brincalhona. Mas...
Cedo reparei que, em certos momentos, ficava estática a observar-me como se avaliasse os meus movimentos. Não dei grande importância...
De seguida, a sua agressividade nas brincadeiras foi aumentando. Pensei que fosse próprio do crescimento, se os adolescentes têm a fase do armário, talvez os gatos tivessem a fase de partir a louça.
Certo dia, aconteceu uma das piores e aterradoras experiências da minha vida. A Tika fitou-me, miou tenebrosamente...
...os seus enormes olhos ficaram escuros (the crazy look como diz Patrick Mcdonnell). Estava perante um animal luciferino possuído por uma força demoníaca. Nesse instante soube que algo me iria acontecer.
Ela avançou lentamente com ar ameaçador, não mostrando sinais de receio em me enfrentar.
O resultado foi trágico. Sem poder fugir, avançou sobre mim, derrubou-me, encolhi-me, fechei os olhos e esperei que as patas e boca saciassem a sua fúria demoníaca.
Quando já esperava pelo meu fim, a besta abandonou-me e descansou. Ao levantar a cabeça para me inteirar da minha condição física ela disse:
- Agora já sabes quem manda aqui! A partir de hoje serves-me!


Os cães têm donos, os gatos têm criados.

Loose Change

Acabei de ver o documentário Loose Change que fornece uma versão alternativa do que ocorreu no 11 de Setembro. Muito resumidamente, defende que os atentados foram obra do governo americano para controlar psicologicamente o seu povo, justificar as guerras do Iraque e Afeganistão, fazer grandes negócios com acções, seguros e ouro, etc...
Uma vez que o visionamento foi feito a espaços e de esguelha, tenho de o rever para formar uma opinião. Como está na minha natureza ser anti-Bush, admito que fiquei sugestionado.

quarta-feira, 6 de setembro de 2006

World Press Photo of the Year 2005

World Press Photo of the Year 2005
Autor: Finbarr O`Reilly, Canada, Reuters
The fingers of malnourished one-year-old Alassa Galisou are pressed against the lips of his mother Fatou Ousseini at an emergency feeding center in the town of Tahoua in northwestern Niger, on August 1. One of the worst droughts in recent times together with a particularly heavy plague of locusts had destroyed the previous year's harvest, leaving millions of people severely short of food. Heavy rains promised well for the 2005 crops, but hindered aid workers bringing supplies. Relief had been slow to come. Accusations were leveled variously blaming the United Nations, Western governments, the international aid community and officials in Niger itself for failing to respond early enough to an imminent crisis. Just weeks before the photo was taken leaders at the G8 summit of the world's richest nations had resolved to make poverty history by doubling aid to Africa by 2010.

terça-feira, 5 de setembro de 2006

Lan Party

Ocorreu no fim-de-semana passado o maior acontecimento social da cidade de Ílhavo, a já famosa Lan Party organizada pelos irmãos Pimentas. Pela primeira vez, pude estar presente e já estou entusiasmado com a ideia de poder repetir. Tendo como cenário o Battlefield 2, naquela ampla garagem na cidade dos pescadores, viveram-se grandes e sangrentas batalhas, em duelos entre equipas ou em cooperação contra os perversos bots.
Ao contrário do que estava à espera, devido à falta de prática, a minha participação foi bastante positiva, mostrando habilidade na utilização dos poderosos tanques.

Peeping Tom

sexta-feira, 1 de setembro de 2006

Jeovás

Nada me move contra os jeovás mas considero os seus métodos de evangelização por vezes inconvenientes.
Já fui alvo de várias interpelações com resultados diversos. Na maior parte das vezes, despacho o assunto com um "não estou interessado, obrigado". Mas também ja me aconteceu acabar a conversa com um molho de panfletos ilustrados na mão ou ser verdadeiramente embalado numa agradável e insuspeita conversa, a qual terminou com um convite para uma "reunião", perguntando o evangelizador se eu de facto estaria presente, tão insistentemente como se de uma festa de anos de uma criança solitária tratasse.
Mas a situação mais curiosa aconteceu-me na estação de Coimbra A.
Estava à espera do comboio, sentado num banco, quando se aproximaram duas evangelizadoras e foi mais ou menos assim:

Evangelizadoras: Boa tarde jovem. - entregando um panfleto.
FL: Não, obrigado. - recusando o panfleto.
Evangelizadoras: Aceite jovem.
FL: Obrigado mas não estou interessado.
Evangelizadoras: Então não está interessado? Não quer saber a razão deste mal no mundo? Da fome, da guerra, das catástrofes? - Lá começaram o arregalar dos olhos com a história do fim do mundo.
FL: Olhe desculpe, não estou mesmo interessado. Eu não acredito em Deus.
Evangelizadoras: Ahhhh, não! - dizem em tom de censura, - segurando a Bíblia como se preparassem para um exorcismo - Então como acha que o mundo foi criado? Por que razão o jovem existe?
FL: Então... que eu saiba foi por causa do meu pai e da minha mãe.
Evangelizadoras: Ai sim? Oh jovem, olhe desejo-lhe felicidades e que Deus o acompanhe.

Até me considero uma pessoa bastante compreensiva e tolerante (até demasiado) mas tudo tem limites. Não ando de porta em porta a dizer: "Boa tarde, olhe a senhora anda iludida, Deus não existe, fique na cama ao domingo de manhã."

A propósito dos jeovás, o meu amigo Oliveira fez, na sua adolescência, uma curiosa versão do poema "Balada da Neve" de Augusto Gil:

Batem leve, levemente,
Como quem chama por mim.
Será chuva? Será gente?
Gente não é, certamente
e a chuva não bate assim.
Fui ver... eram os jeovás.

Canpainha Cívica

Ontem à noite, enquanto praticava para o campeonato mundial de Battlefield 2 que vai decorrer numa certa garagem de Ílhavo nos próximos dias, fui interrompido pela campainha da porta. Normalmente espreito antes de abrir, se não conhecer adeus! (Jeovás...) Caso contrário, procedo a uma rápida avaliação para decidir se abro ou não. Contudo, como estava à espera de uma pessoa, queimei etapas. Para meu espanto deparo-me com três raparigas com cerca de 11 anos de idade. Já não havia volta a dar! Poderia ter voltado para trás e fechado a porta... mas lembrei-me da necessidade de preservar a simpatia das pessoas do bairro de modo a que continuem a fazer vista grossa aos tenebrosos ruídos nocturnos provenientes da minha cave e ao constante revolvimento de terra no meu jardim. Assim, decidi avançar com o processo de socialização cumprimentando as visitantes. Então, muito educadamente informaram-me que estavam a recolher assinaturas para um abaixo-assinado, dirigido ao Presidente da República, para pôr termo ao abate de animais nos canis. Imediatamente assinei.
Estando num país onde sociedade civil é considerada bastante apática, é com agrado que vejo os mais pequenos (era para ter escrito "a juventude" mas de repente senti-me velho) a participar nestes movimentos.
Ainda bem que abri a porta.