Aconselho a ir ver e experimentar a exposição da brasileira Fernanda Gomes em Serralves.
Eis o texto que a apresenta na página de Serralves:
"No seu trabalho, reutiliza frequentemente objectos encontrados, os quais recicla e transforma de modo a reconstruir com eles uma tão subtil quanto muitas vezes invisível e transparente arquitectura dos espaços. A artista reinventa objectos existentes de modo a estabelecer relações com o local onde os apresenta e com outros objectos próximos, trabalhando as suas formas num desafio à memória individual e à imaginação. Os objectos, cuidadosamente situados, são individualmente tão importantes como o todo da exposição. Ao tecer uma rede poética e estética de objectos e situações para os visitantes descobrirem, Gomes recupera materiais prosaicos e ignorados, na tradição de Lygia Clark, Hélio Oiticica e Artur Barrio. Para a sua exposição no Museu de Serralves, Fernanda Gomes desenvolverá um novo projecto no qual integrará várias obras anteriormente realizadas, trabalhando em simultâneo a relação da arquitectura interior das galerias do Museu com o espaço exterior do Parque que o circunda."
Algumas imagens da sua exposição na Baumgartner Gallery :
Devido à natureza dos objectos utilizados e à sua relação com o local de exposição, numa primeira fase questionamos: "Deixaram um papel no meio das escadas... Ah!Será que esta pedra faz parte? E aquele copo no meio do jardim?" Continuamos à descoberta até que cada movimento nosso tem de ser exacto para não derrubar os fios, os cubos de vidro, as pedras... às tantas estamos cercados e não queremos dar o mau aspecto de danificar a obra de arte. Já em lugar seguro, com olhar veterano observa-se a reacção dos outros. O espectador torna-se parte da obra.
Eis o texto que a apresenta na página de Serralves:
"No seu trabalho, reutiliza frequentemente objectos encontrados, os quais recicla e transforma de modo a reconstruir com eles uma tão subtil quanto muitas vezes invisível e transparente arquitectura dos espaços. A artista reinventa objectos existentes de modo a estabelecer relações com o local onde os apresenta e com outros objectos próximos, trabalhando as suas formas num desafio à memória individual e à imaginação. Os objectos, cuidadosamente situados, são individualmente tão importantes como o todo da exposição. Ao tecer uma rede poética e estética de objectos e situações para os visitantes descobrirem, Gomes recupera materiais prosaicos e ignorados, na tradição de Lygia Clark, Hélio Oiticica e Artur Barrio. Para a sua exposição no Museu de Serralves, Fernanda Gomes desenvolverá um novo projecto no qual integrará várias obras anteriormente realizadas, trabalhando em simultâneo a relação da arquitectura interior das galerias do Museu com o espaço exterior do Parque que o circunda."
Algumas imagens da sua exposição na Baumgartner Gallery :
Devido à natureza dos objectos utilizados e à sua relação com o local de exposição, numa primeira fase questionamos: "Deixaram um papel no meio das escadas... Ah!Será que esta pedra faz parte? E aquele copo no meio do jardim?" Continuamos à descoberta até que cada movimento nosso tem de ser exacto para não derrubar os fios, os cubos de vidro, as pedras... às tantas estamos cercados e não queremos dar o mau aspecto de danificar a obra de arte. Já em lugar seguro, com olhar veterano observa-se a reacção dos outros. O espectador torna-se parte da obra.
2 comentários:
É curioso como nos damos a olhar à nossa volta, para o chão, para o tecto e ar para não destruir esta "obra de arte". Gosto imenso de participar nas exposições a que assisto considero ser uma excelente forma de conhecer o que tinha em mente o artista. Para quem pensa o mesmo: faço minha a sugestão do autor do blog.
Enquanto visitava a exposição, uma senhora estrangeira derrubou um cubo de vidro. Que cara de atrapalhação.
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