domingo, 20 de agosto de 2006

Filmes...

Não sei muito bem o que escrever sobre Voando Sobre um Ninho de Cucos. Este filme de Milos Forman é simplesmente espantoso. O argumento e as personagens são sublimes, sendo estas interpretadas por actores fenomenais, estando Jack Nicholson no seu melhor. Para além da extravagante personagem de McMurphy, do surpreendente Chief Bromden, do realce dado ao drama que existe nas instituições psiquiátricas, julgo que o ponto forte do filme está no contraste entre liberdade e reclusão, na vontade de ser livre e no medo de o ser.

Como me disse The Visitor numa resposta a um comentário no seu blog, Bill Murray tem capacidade de falar apenas com um olhar ou expressão. Mais uma vez isso se verifica em Broken Flowers, realizado por Jim Jarmusch. Para além deste talentoso actor, o elenco está recheado de bons intérpretes como Jessica Lange, Frances Conroy (a eterna Ruth de Six Feet Under), Jeffrey Wright (acho que este actor vai longe) e Sharon Stone (ainda com muita sáude como dizia o Perestrelo), que dão corpo a personagens bastante singulares. O argumento está repleto de situações caricatas e, concordando com o realizador, julgo que é sobre a ânsia de reencontrar o passado para descobrir um novo presente. Mas nem sempre isso acontece...

O Libertino, realizado por Laurence Dunmore, conta a vida John Wilmot, uma pessoa que, para além do dom da palavra, tinha um modos bastantes peculiares . É um filme de época, século XVII, durante o reinado de Carlos II em Inglaterra.
Apesar de ser uma obra forte em termos cénicos e também pelo seu conteúdo, julgo que não atinge toda a sua potencialidade uma vez que se centra obsessivamente na personagem principal, interpretada por Johnny Depp. Curiosamente, esta opção é, sem sombra de dúvida, o que de melhor podia ter acontecido ao filme. Johnny Deep é tem um desempenho excepcional, mais uma vez confirmando que é um dos melhores actores da actualidade. Johnny Deep é o Libertino e o Libertino é o filme.


1 comentário:

VoodooDoll disse...

Considero os dois primeiros filmes excelentes. O primeiro sem nada a apontar, acho que já recebeu a sua percentagem de elogios bem merecidos. Relativamente ao segundo, fiquei desde sempre com a sensação que era uma tentativa infrutífera de repetir o sucesso que foi Lost in Translation - que é absolutamente fenomenal -, o que me deixou com algumas reservas. Bill Murray é impressionante, The Life Aquatic with Steve Zissou foi outro estrondoso sucesso, que vale a pena não perder.
Não vi The Libertine... mas com o Johnny Depp vale sempre a pena. =)