Recentemente particiepei em dois concursos públicos para técnico superior de arquivo em dois municípios portugueses. Das duas vezes fiquei em segundo. Se não fosse um tipo optimista e não estivesse a trabalhar, provavelmente já andaria a tomar Xanax.
Sobre o último, sem questionar a sua validade, há pontos que me suscitam reflexões:
1. Para a minha classificação final apenas foram tidas em conta a nota obtida na prova escrita e na entrevista profissional. Então e a avaliação curricular? As notas que tirei na licenciatura e na pós-graduação, as formações realizadas e a experiência laboral não deveriam entrar nas contas? O curioso é que a mesma câmara, para a contratação de auxiliares de educação (trabalhadores que merecem toda a minha consideração), já considerou a avaliação curricular como critério pertinente e pontuável para a classificação final.
2- Se o concurso era para um técnico superior de arquivo, não seria proveitoso ter um profissional do ramo como membro do júri? Se a autarquia não tem um nos seus quadros pode sempre pedir auxílio ao respectivo arquivo distrital. Assim, normalmente acabamos sempre por ser julgados por chefes de divisão e por um inevitável técnico superior de biblioteca. Biblioteca e arquivo são coisas totalmente distintas do ponto de vista técnico! Infelizmente as pessoas não têm esta percepção e isso acaba por se reflectir no género e qualidade das questões feitas nas entrevistas. Lembra a alguém colocar um veterinário a avaliar um médico ou vice-versa?
Claro que se tivesse ficado em primeiro não estava a escrever isto.
Sobre o último, sem questionar a sua validade, há pontos que me suscitam reflexões:
1. Para a minha classificação final apenas foram tidas em conta a nota obtida na prova escrita e na entrevista profissional. Então e a avaliação curricular? As notas que tirei na licenciatura e na pós-graduação, as formações realizadas e a experiência laboral não deveriam entrar nas contas? O curioso é que a mesma câmara, para a contratação de auxiliares de educação (trabalhadores que merecem toda a minha consideração), já considerou a avaliação curricular como critério pertinente e pontuável para a classificação final.
2- Se o concurso era para um técnico superior de arquivo, não seria proveitoso ter um profissional do ramo como membro do júri? Se a autarquia não tem um nos seus quadros pode sempre pedir auxílio ao respectivo arquivo distrital. Assim, normalmente acabamos sempre por ser julgados por chefes de divisão e por um inevitável técnico superior de biblioteca. Biblioteca e arquivo são coisas totalmente distintas do ponto de vista técnico! Infelizmente as pessoas não têm esta percepção e isso acaba por se reflectir no género e qualidade das questões feitas nas entrevistas. Lembra a alguém colocar um veterinário a avaliar um médico ou vice-versa?
Claro que se tivesse ficado em primeiro não estava a escrever isto.
5 comentários:
Claro está que temos que ter em conta o facto de se tentar saber para quem era o lugar. De acordo com essa importante premissa, variam os elementos de avaliação.
A única certeza que tenho é que o lugar era para um técnico superior de arquivo. Dizer mais que isto seria fazer suposições. Ou seja, quanto a essa "permissa": No comments.
Eu nem comento...
Better luck next time!
Relativamente a Câmaras Municipais, já devia saber o que "a casa gasta"!! Ou tem cunha, ou não entra. A avaliação curricular não contou, simplesmente porque não interessou contar, porque nas entrevistas pode-se classificar candidatos pela cor dos olhos, sendo uma forma de dar a volta à questão, através da subjectividade. As entrevistas são uma forma dos entrevistadores "saírem pela esquerda alta", e quanto a isso nada pode fazer, infelizmente.
O que a casa gasta todos nós sabemos. Não pensem que este comentário é uma manifestação de espanto.
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